Maracanã tem noite "raiz", rasteira em fã e Suárez pedindo mão de goleiro
Foi a primeira vez que o Maracanã recebeu mais de 50 mil pessoas nesta Copa América. Se o jogo entre Uruguai e Chile não foi tecnicamente brilhante, sobrou a disputa palmo a palmo e os fatos insólitos que marcam o futebol sul-americano. Como quando Suárez pediu mão do goleiro chileno Arias, ou quando o zagueiro Jara deu uma rasteira em um torcedor que invadiu o campo. No futebol raiz, venceu o Uruguai como era de se esperar.
O time uruguaio abandonou o seu estilo mais leve visto nos dois primeiros jogos, com jogadores técnicos e desejo pela bola. E partiu para a ligação direta e aposta na sua dupla de atacantes com Suárez mais à frente, e Cavani recuado.
"Essa equipe sempre luta até o final. Às vezes perdemos uma posição. Eles disputavam cada bola como se fosse a última. Pode ser uma tradição do nosso futebol, e sempre vemos isso. A atitude é a base de tudo que fazemos", exaltou o técnico Oscar Tabárez.
Era tal a briga que, na sua melhor chance no primeiro tempo, Suárez driblou o goleiro Arias e concluiu sem ângulo para a defesa do arqueiro. Quando a bola bateu em sua mão, o atacante protestou como quem pede um pênalti. Não ficou clara sua intenção com esse gesto, visto que, obviamente, um goleiro não pode cometer penalidade com a mão.
Foi uma das poucas chances no primeiro tempo, em jogo que também rarearam oportunidades na segunda etapa. Por isso, a importância de Cavani e sua cabeçada que decretou o triunfo.
"Ele não para nunca. Transitou em três as funções na partida. Característica principal não perde, é um goleador. Teve que ajeitar a cabeçada porque não veio tão forte", analisou Tabárez.
Autor do gol, o camisa 21 não foi alvo de novo ataque do zagueiro Jara, que o tinha agredido com gesto infame de um dedo em jogo de eliminatórias. Mas o zagueiro chileno não deixou de aprontar. Quando um torcedor uruguaio invadiu o campo, tratou de dar uma rasteira nele. Isso gerou uma confusão com os jogadores celestes, principalmente com o astro do Barcelona. O torcedor usava uma máscara de galo ou frango, e tinha roupas que o identificavam como uruguaio.
O técnico do Chile, Reinaldo Rueda, defendeu a atitude de Jara:"Neste momento, uma pessoa estranha entra no campo. Uma pessoa sem escrúpulos interrompe, e viola toda a parte física do campo. Alguém invade no escritório desta forma talvez mereça [ser atacado]".
Nas arquibancadas, houve alguns atritos, principalmente após o gol uruguaio, embora nenhum de grande vulto. Não foi uma noite violenta, nem de grande futebol, mas intensa, divertida e cheia de particularidades.
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