Drama com pai de Ospina une Colômbia antes de decisão para toda uma geração
Um drama família com um dos líderes da seleção colombiana serve como combustível para unir a equipe neste mata-mata da Copa América. O experiente goleiro David Ospina, 30 anos, convive com um problema de saúde do pai e até deixou a concentração do time no último fim de semana para passar algumas horas com o parente na Colômbia. De volta, o jogador do Napoli se tornou símbolo do objetivo principal de toda uma geração: dar um título ao país.
As poucas horas com o pai e o problema pessoal não tiraram o foco de Ospina, que trabalhou normalmente com o elenco ontem (25), no estádio do Pacaembu. A saída repentina antes do terceiro jogo pelo torneio e o retorno ao grupo são tratados de maneira discreta pela delegação, a fim de preservar a intimidade da família do camisa 1. O jogador é blindado para o jogo pelas quartas de final da Copa América contra o Chile, sexta-feira, às 20h (de Brasília), na Arena Corinthians.
O goleiro, James, Falcao e Cuadrado, nomes mais renomados do elenco, têm como objetivo consolidar a Colômbia como grande potência do continente, especialmente depois da campanha histórica na Copa do Mundo de 2014 e resultados expressivos nos últimos anos. Este passo, porém, só será dado com o troféu em mãos no dia 7 de julho.
Desfalque no duelo contra o Paraguai em virtude da viagem-relâmpago à Colômbia, o goleiro possui a titularidade tratada como algo indiscutível e carrega o peso de ser um dos principais expoentes deste elenco, um dos favoritos ao título da Copa América.
Ospina (30 anos), Falcao García (33), Cuadrado (31) e James Rodríguez (27) são referências de uma geração responsável por recolocar a Colômbia em um papel de protagonismo no continente sul-americano, perdido desde o título de 2001 desta mesma Copa América.
Ex-jogador da seleção e pai do atacante Tréllez, do Inter, John Jairo deu força ao goleiro pelas redes sociais
Com exceção a James, os três jogadores estão na casa dos 30 anos e se encontram em reta final de trajetória com o uniforme da seleção do país. Depois do torneio no Brasil, a Copa de 2022 no Qatar aparece como possível último grande desafio - sendo que há uma eliminatória inteira pelo caminho para se qualificar ao torneio no Oriente Médio.
O goleiro, por sinal, é quem mais atuou pela equipe cafetera entre os 23 convocados por Carlos Queiroz para o torneio, com 98 partidas. Próximo do jogo centenário, Ospina se tornou peça ainda mais fundamental no elenco pela postura de dar protagonismo à seleção enquanto convive com o problema de saúde do pai.
Embora nem o jogador ou a própria equipe colombiana se aprofundem no tema, Ospina recebeu elogios e grande apoio, especialmente do técnico Carlos Queiroz.
"Estamos com nossos corações e orações para David e sua família. Estamos mais unidos e com mais responsabilidades juntos. Temos que cuidar deste caso com respeito e silêncio e em breve ele estará conosco", disse o treinador, antes de receber o goleiro de volta para o treino de terça-feira.
Ospina é titular absoluto da Colômbia e símbolo desta geração desde a Copa de 2014, que marcou a melhor campanha da história do país em um Mundial. A equipe acabou eliminada somente nas quartas de final para o anfitrião Brasil.
Com o goleiro novamente no dia a dia e focado em liderar uma vitória para a geração mais talentosa do país desde Valderrama, Asprilla e Rincón, a equipe tem o Chile como primeiro obstáculo na briga pela consagração máxima. Quem avançar encara na semifinal o vencedor do duelo entre Uruguai x Peru, que entram em campo sábado (29), na Fonte Nova, em Salvador.
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