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Copa do Mundo Feminina - 2019

Crítica a Trump não fez Rapinoe perder faixa de capitã; entenda a decisão

Megan Rapinoe comemora seu gol em França x Estados Unidos - FRANCK FIFE / AFP
Megan Rapinoe comemora seu gol em França x Estados Unidos Imagem: FRANCK FIFE / AFP

Ana Carolina Silva

Do UOL, em Paris (França)

28/06/2019 19h39

Um dia após criticar Donald Trump e dizer que não visitará o presidente norte-americano na Casa Branca em caso de título da Copa do Mundo feminina, Megan Rapinoe não foi capitã contra a França. Como a jogadora dos Estados Unidos havia usado a faixa contra a Espanha nas oitavas, muitos internautas especularam que esta poderia ser uma represália.

Não, a decisão da treinadora Jill Ellis não tem relação com o posicionamento político da veterana. Desde antes do Mundial, a comissão técnica dos EUA havia determinado que ela seria co-capitã ao lado de Alex Morgan, que usou a braçadeira contra as francesas, e Carli Lloyd. Este revezamento estava previsto e já tinha ocorrido em outras partidas da Copa.

Morgan também foi capitã na vitória por 2 a 0 sobre a Suécia, na fase de grupos, e Lloyd liderou a equipe no triunfo por 3 a 0 sobre o Chile. Rapinoe, por sua vez, usou a faixa no braço na goleada por 13 a 0 sobre a Tailândia, na estreia, e contra a Espanha, nas oitavas.

"Eu mantenho o que disse sobre não querer ir para a Casa Branca, com exceção do palavrão que usei, porque a minha mãe ficaria decepcionada por isso. Mas, considerando o tempo e esforço que dedicamos ao esporte, e querendo deixar o jogo e o mundo melhores, eu não gostaria de ir. Eu aconselho minhas companheiras a não dividirem isso com uma administração que não luta pelas mesmas coisas que nós", afirmou na véspera da partida.

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