Inconcebível e absurdo: Tite detona gramado e minimiza erros do Brasil
Depois de evitar fazer comentários sobre o estado do gramado na Arena Grêmio na véspera do jogo, Tite aproveitou a coletiva após a sofrida classificação da seleção brasileira nas quartas de final da Copa América diante do Paraguai para detonar o terreno de jogo em Porto Alegre.
"Em pelada, de vez em quando, a gente vai jogar na grama sintética. E a bola fica pipocando. Eu vi o Renato Gaúcho falando sobre isso. Eu vou te dizer mais. É inconcebível eu vir na segunda-feira aqui, olhar para o gramado e ver cinco pessoas trabalhando e uma delas de folga. Eu venho de novo na terça-feira, as mesmas cinco pessoas trabalhando e o gramado inteirinho prejudicado. Nos cobrem de acerto de passe e finalização, é um direito, o técnico tem que responder. Mas cada um tem a sua responsabilidade. Me deem condições de campo!", esbravejou o comandante.
"Eu posso fazer trocas de passes quando tiver um gramado bom. Agora, eu posso falar e vou falar: é absurdo jogar assim em alto nível em um campo com tantas dificuldades para tocar. A bola entra no pivô e tem que dar três toques para jogar. É absurdo a qualidade do gramado. O alto nível não concebe isso em qualquer lugar. Esse tipo de gramado... Sem justificar nada, mas falando da qualidade do espetáculo... A troca de passe fica sempre em dois, três tempos", afirmou.
Depois de uma bronca ríspida nos microfones, Tite ainda deixou a sala de coletivas indagado por alguns jornalistas sobre o quanto aquilo atrapalhou. Já fora dos microfones, o comandante voltou a detonar a organização da competição e usou até palavrões para tentar explicar o tamanho do prejuízo por conta dos buracos no gramado.
Antes da partida de hoje, todos os outros times que já atuaram na Arena Grêmio reclamaram publicamente da situação do gramado. A lista tem nomes como Messi, Scaloni (técnico da Argentina) e Cavani.
O treinador mostrava preocupação com as condições do gramado desde o início da semana. Não à toa, ele visitou o local de jogo dois dias consecutivos. O Brasil não pôde fazer o treino de reconhecimento, como manda o protocolo, e, até mesmo no aquecimento minutos antes de a bola rolar, precisou usar uma área alternativa no campo para preparar seus goleiros.
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