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O que a derrota do Palmeiras em amistoso mostra para a sequência do ano

Palmeiras perdeu para o Guarani por 2 a 1 em amistoso no Brinco de Ouro da Princesa - Luciano Claudino/Código 19/Estadão Conteúdo
Palmeiras perdeu para o Guarani por 2 a 1 em amistoso no Brinco de Ouro da Princesa Imagem: Luciano Claudino/Código 19/Estadão Conteúdo

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

04/07/2019 04h00

A derrota do Palmeiras por 2 a 1 para o Guarani, ontem, de virada, em amistoso disputado em Campinas, reforçou alguns pontos positivos da equipe, mas serviu também para jogar luz sobre aspectos que ainda podem melhorar. Líder do Campeonato Brasileiro, com a melhor campanha da Libertadores e vivo na disputa pela Copa do Brasil, o time de Luiz Felipe Scolari terá um semestre intenso pela frente, com uma maratona de jogos e dependerá bastante da força do elenco.

Com um grupo de 33 jogadores à disposição de Felipão, o Palmeiras deve manter o rodízio de titulares que deu certo no ano passado para a sequência do ano. O time volta a fazer um jogo-treino hoje contra o Operário-PR, às 15h30, em atividade fechada na Academia de Futebol, e volta às competições oficiais na próxima quarta-feira (10), contra o Internacional, no Allianz Parque, pela Copa do Brasil.

O que o amistoso mostrou:

Intensidade no início se mantém forte

Uma das principais características do Palmeiras de Felipão deu as caras em Campinas: o início em ritmo muito forte. O Verdão acuou o Guarani nos primeiros 15 minutos com os titulares em campo, acumulou chances de gol e abriu o placar cedo com Edu Dracena, aproveitando cruzamento de Dudu em jogada ensaiada de escanteio. As bolas paradas, aliás, foram outro ponto forte presente. Depois, o time naturalmente baixou a intensidade, por se tratar de um amistoso e pelo longo período de inatividade.

Deyverson segue sem reserva confiável

Não é à toa que Deyverson é um dos jogadores de mais confiança de Felipão e um dos que menos entra no rodízio. O centroavante, hoje, não tem substituto à altura. Arthur Cabral entrou aos 15 do segundo tempo e nem de longe repetiu o desempenho do titular: sem a mesma mobilidade, deu pouca opção de passe, não brigou bem pelas bolas longas e não teve a mesma eficácia na marcação. Perdeu chance clara de cabeça após passe de Raphael Veiga. O outro centroavante do elenco, Borja, também não vive boa fase.

Weverton é o número 1

O goleiro palmeirense foi um dos destaques de um jogo morno em Campinas. Seguro, foi bem quando exigido e nada pôde fazer nos gols do Guarani. Ainda defendeu um pênalti na primeira etapa, pegando com as pernas a batida no meio do gol de Vitor Feijão. Hoje, Weverton é titular indiscutível de Felipão, bem à frente dos xodós da torcida Fernando Prass e Jailson.

Opções para a zaga podem ficar curtas

Com a saída por empréstimo de Juninho para o Bahia, confirmada ontem, o Palmeiras ficou com apenas quatro zagueiros no elenco profissional: Gustavo Gómez, Luan, Edu Dracena e Antônio Carlos. Com Gómez e Antônio poupados do amistoso, Felipão recorreu ao pouco utilizado Fabiano, lateral direito de ofício, para compor a zaga no segundo tempo. Lesões ou suspensões no decorrer da temporada podem causar uma situação como essa no setor. A avaliação da diretoria no momento é que o Palmeiras está bem servido na posição. O jovem Vitão, destaque do sub-20, também pode ser aproveitado.

"Encostados" mostram pouco

Felipão deu oportunidade a alguns jogadores que pouco ou nada atuaram na temporada, como Jean, Fabiano, Carlos Eduardo e Arthur Cabral, mas nenhum teve boa atuação. É claro que o pouco entrosamento da equipe no segundo tempo, com muitas trocas, tem peso na avaliação, mas os desempenhos individuais também passaram longe de convencer. Jean e Fabiano, especialmente, formaram um setor que o Guarani conseguiu explorar na defesa alviverde. Hoje à tarde, contra o Operário, mais "encostados" devem ser observados, como Matheus Fernandes, Guerra e Felipe Pires.

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