Copa América termina como começou: falhas e muita reclamação
A Copa América de 2019 termina com um saldo de dúvidas em relação ao sucesso da competição fora e dentro das quatro linhas - pelo menos na questão administrativa. As seleções enfrentaram alguns problemas da organização e reclamaram publicamente. Desde a primeira semana, até o último dia, que terminou com a consagração do Brasil sobre o Peru, no Maracanã, as questões estruturais apresentadas por Comitê Organizador Local, Conmebol e CBF acabaram em xeque.
Teve queixa com a qualidade dos gramados, improvisação e protestos contra ambientes de treinamento e erros simples em informes oficiais das partidas. Reclamações em uma competição marcada por dois cortes no orçamento anteriormente previsto. O COL precisou trabalhar com metade das verbas até então planejadas para a competição no Brasil.
Puxadinho boliviano
A seleção boliviana encarou um problema estrutural antes de estrear no torneio. Por um problema de comunicação entre organização, federação do país e o São Paulo, o time precisou armar um "puxadinho" para os jogadores se trocarem antes de um treinamento no CT da Barra Funda. Foi improvisada uma estrutura coberta ao lado do campo para a delegação deixar equipamentos de treino e materiais dos atletas, como chuteiras. O caso irritou o técnico Eduardo Villegas.
Banho frio
Ainda na primeira semana de competição, outro problema estrutural. Desta vez, com a seleção brasileira. Antes da estreia contra a Bolívia, os jogadores comandados por Tite tomaram banho frio no estádio do Pacaembu. Filipe Luís, que começou o torneio como titular, reclamou em entrevista. "Não tomo banho frio nunca. Em Brasília também estava frio, uma coisa que surpreende, estádios novos, esperávamos mais. Hoje em dia o Brasil, com estádios da Copa, esperamos sempre que esteja mais parecido com a Europa", observou o ala esquerdo.
Trânsito de São Paulo irrita Chile
Chile x Colômbia se enfrentaram pelas quartas de final em uma noite de sexta-feira, dia no qual o trânsito costumeiramente atrapalha o fluxo de São Paulo. A equipe do técnico Reinaldo Rueda demorou quase 2h no caminho entre o hotel localizado no Morumbi e a Arena Corinthians, local do duelo. O atraso obrigou a Conmebol a marcar o início da partida 20 minutos depois do programado. Nos pênaltis, os chilenos venceram e avançaram à semifinal.
Gramados criticados
Nas poucas unanimidades em relação à competição, as reclamações sobre as condições dos gramados na competição lideraram a Copa América. Campos em Salvador (Fonte Nova), Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e até mesmo no Rio de Janeiro (Maracanã) geraram queixas de nomes como Tite e Lionel Messi. O craque argentino liderou os protestos: "[A bola] Quica mal. Todos os campos que jogamos são ruins, difíceis de jogar. Precisa de tempo para parar a bola, mas temos que passar por isso para conseguir jogar", afirmou o camisa 10.
Já o treinador brasileiro, em conversa com jornalistas após ser campeão do torneio, criticou duramente o gramado do Maracanã, palco da vitória brasileira sobre o Peru no último domingo (07).
Itaquera-Brasil? São Paulo-Paraguai?
Documentos oficiais dos jogos vieram com dois erros chamativos nas partidas ocorridas em São Paulo. Nos jogos ocorridos no Morumbi, São Paulo era direcionada como um município paraguaio. Já na Arena Corinthians, Itaquera virou cidade brasileira. Cada estádio recebeu três jogos no torneio, o último ocorrido anteontem (06), no triunfo da Argentina sobre o Chile, na casa corintiana.
Peru se irrita com Fluminense
Vice-campeão da Copa América, o Peru se irritou com a organização nas vésperas da partida contra o Brasil. No último dia 5, a equipe cancelou a entrevista coletiva no CT do Fluminense e acusou o clube de não ceder a estrutura do espaço reservado para a imprensa. O clube carioca treinou quase no mesmo horário e usou a sala para os repórteres ouvirem as declarações de Miguel e Marcos Paulo. O Flu alegou um problema de comunicação para rebater aos questionamentos.
Brasil evitou opções oficiais da Conmebol
A seleção brasileira ignorou as sugestões do Comitê Organizador Local e escolheu a própria casa para se refugiar antes da decisão contra o Peru no Maracanã. A Granja Comary não estava na lista dos "campos de treinamento" oficiais da competição, mas serviu como base da equipe de Tite para a final. A casa da CBF se localiza em Teresópolis.
Maracanã tem falha na final
O último dia de Copa América contou com uma falha na estrutura apresentada para a imprensa no Maracanã. A tribuna dos jornalistas ficou sem energia e internet durante uma pequena parte do primeiro tempo. Por uns 10 minutos, repórteres de escrita enfrentaram problemas para trabalhar.
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