Local de homenagens, muro do CT do Santos amarga esquecimento e má condição
A história contada nas paredes. Litros e litros de tinta que transformaram o muro do CT Rei Pelé, do Santos, em uma entidade. Ídolos do passado e do presente representados em forma de homenagem no local de quase 1km de extensão. No entanto, ao contrário da imaculada e brilhante história santista, o muro do CT sofre com manchas e má conservação.
"Quero chegar ao profissional, conquistar títulos, marcar o nome na história do Santos e ter meu rosto no muro". A frase é comum para os jogadores das categorias de base, ou mesmo para os atletas que são contratados pelo clube. Ganhar um espaço no muro se tornou alvo de desejo de qualquer um que passa pelo Peixe.
Ainda assim, aqueles que lá estão são obrigados a verem suas imagens se deteriorarem. Poucas são as imagens ainda em bom estado. A maioria sofre com manchas e partes descascadas, chegando até a ficarem irreconhecíveis, como a imagem de Marcelo Passos, ídolo da década de 90.
As homenagens ganharam forma nas mãos do artista plástico Paulo Consentino em 2011 e 2012, parte das comemorações pelo centenário do clube. Na época, o projeto foi viabilizado por meio de financiamento coletivo.
Cinco anos mais tarde, em 2017, um novo projeto veio à tona, mas não arrecadou o suficiente e, desde então, está incompleto. O muro que dá para a avenida Rangel Pestana, conta com as imagens de Pelé, Pepe, Elano e Léo, além de torcedores do clube, mas a intenção era ter muitas outras homenagens.
"O projeto de 2017 era apenas para a nova frente. Não arrecadou o suficiente e a renovação ficou pela metade, no layout proposto teríamos vários outros retratos: Giovanni, Rodolfo Rodriguez, Serginho Chulapa, Carlos Alberto, Lima, Clodoaldo, Edu... Enfim, muito muro para pouco interesse do clube", lamentou Consentino em contato com o UOL Esporte.
Segundo o artista, o clube nunca se interessou em pagar pelo projeto. Da primeira vez, o financiamento coletivo atingiu o objetivo e possibilitou a execução, mas dois anos atrás a história foi diferente. Da meta de 60 mil reais, apenas 13 mil foram levantados com o financiamento coletivo e o projeto parou.
"Não gostaria de criticar o clube, porque entendo que dentro da realidade, e principalmente na situação atual, a prioridade é do futebol, mas teríamos condições de fazer um novo mural nova identidade novas homenagens, com tempo e condições profissionais justas, pois é um trabalho enorme. Ou o Santos compra o projeto, ou fica assim. O muro virou referência e merecia mais cuidados", confessou Consentino.
O UOL Esporte entrou em contato com o Santos para saber quais são as ideias da atual gestão para o muro, mas até o momento do fechamento desta matéria não houve resposta. O espaço segue aberto.
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