Marquinhos e Tite deixaram Bolsonaro no vácuo? Entenda o que aconteceu
Tão logo o Brasil ganhou a Copa América na noite do último domingo (7), o presidente da República, Jair Bolsonaro, surgiu no gramado do Maracanã e tomou para si os holofotes da premiação da competição. No pódio, após a vitória brasileira por 3 a 1 sobre o Peru, entregou medalhas e viu seu nome no centro de novo debate por cenas envolvendo o zagueiro Marquinhos e o técnico Tite.
Vista de maneira isolada, a passagem do defensor sugeriu para muitos que o atleta deixou Bolsonaro no vácuo. Na hora de Tite, o presidente entregou a medalha e tentou uma conversa ao pé do ouvido, não tão correspondida pelo treinador, que dedicou seu carinho ao presidente da CBF, Rogério Caboclo, que estava ao lado do chefe do Planalto.
Mas afinal, os dois deixaram Bolsonaro no vácuo, como sugerido em centenas de milhares de postagens pela internet? Presente ao estádio, a reportagem do UOL Esporte conferiu o cenário desde o início e conversou com o estafe dos envolvidos para responder.
Marquinhos recebeu a medalha de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol. Em seguida, o zagueiro passou reto por Bolsonaro. Na imagem, é possível ver que o presidente se vira para pegar uma medalha para outro atleta no momento que Marquinhos passa.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o jogador descartou qualquer intenção de deixar Bolsonaro sem cumprimento. O estafe de Marquinhos ainda disse que houve uma interação entre os dois antes da premiação (veja vídeo postado pelo presidente) e que o desencontro de segundos no pódio resultou na cena.
Já o treinador, de acordo com pessoas próximas, descartou qualquer problema com Bolsonaro. Tite entendeu que a presença do político ali no pódio fazia parte do protocolo e, por isso, respeitou, embora não seja exatamente um fã do presidente.
Tite ainda faz questão de evitar qualquer envolvimento político ou até mesmo fotos. A ideia é não associar sua imagem. Por isso, o treinador não aparece na foto do presidente com a taça ao lado de alguns jogadores. O vácuo, porém, não existiu.
O UOL Esporte ainda apurou que Tite já recebeu dezenas de convites para ser homenageado em câmaras e assembleias como cidadão honorário de cidades e estados. Nunca topou. Justamente porque rejeita assuntos ligados à política.
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