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Santana falha em 1º teste como efetivo e sofre pior revés pelo Atlético-MG

Rodrigo Santana foi técnico interino do Atlético-MG por mais de dois meses - Bruno Cantini/Atlético-MG
Rodrigo Santana foi técnico interino do Atlético-MG por mais de dois meses Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

12/07/2019 12h00

A pior estreia possível como técnico efetivo do Atlético-MG. Rodrigo Santana começou com o pé esquerdo a caminhada no novo cargo. Uma derrota por 3 a 0 para o arquirrival Cruzeiro, que vive uma de suas maiores crises da história, na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil.

O treinador iniciou a sua trajetória à frente do Galo logo após a demissão de Levir Culpi, anunciada em 11 de abril passado. De lá para cá, comandou a equipe em 18 jogos, com oito vitórias, três empates e sete derrotas. O pior dos tropeços foi justamente o primeiro após ser nomeado chefe da comissão técnica.

"Não é a estreia que gostaria de ter. Quero trabalhar da mesma forma e confiança de quando era interino", disse o treinador após o jogo ocorrido no Mineirão. Antes disso, o pior placar era um revés por 3 a 1 para o Santos, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.

Não é só o placar - o mais dilatado desde que o técnico assumiu - que faz do jogo o pior de Rodrigo Santana no clube, mas também o contexto. Em crise, o Cruzeiro foi alvo de operação da Polícia Civil na terça-feira (9) para busca e apreensão de documentos e materiais. A entidade investiga o clube por práticas irregulares, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos. O momento conturbado fora dos gramados reflete no dia a dia, já que os salários referentes aos meses de maio e junho estão atrasados, e o time vinha de nove partidas sem um triunfo sequer.

Em contrapartida, o Atlético vinha em uma fase crescente na temporada. Todavia, nada disso foi capaz de dar a vitória ao Galo no jogo disputado na noite de ontem. Pelo contrário, o time foi inferior ao adversário e ainda saiu com um resultado de difícil reversão na volta da Copa do Brasil. Os comandados de Santana precisam vencer por quatro ou mais gols para avançar às semifinais. Um triunfo por três de vantagem leva o jogo as penalidades.

Mas o que fez o Atlético sofrer na primeira partida do comandante? Réver crê que a troca feita por Mano Menezes - Fred foi substituído por Pedro Rocha na escalação - surtiu efeito. O capitão conta que o elenco soube da mudança às vésperas do clássico, mas não foi o suficiente para impedir que a formação cruzeirense surtisse efeito.

"Eu acho que foi crucial no jogo. O Cruzeiro, com toda a situação, sabíamos que mesmo jogando em casa, jogaria nos contra-ataques. Prova disso é a forma que o Mano entrou, com o Pedro centralizado no lugar de um homem de referência. O Pedro Rocha acabou acertando um belo chute. A partir desse momento, saímos da proposta de jogo da equipe do Cruzeiro. Acabamos errando mais que o habitual. Mas a gente tem chance de reverter o quadro na próxima quarta-feira".

A segunda partida de Rodrigo Santana como técnico efetivo do Atlético será depois de amanhã, às 19h (de Brasília), diante da Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó-SC.