Jornal: Presidente do PSG acusado de irregularidade em aquisição de jogador
Documento vazado pelo chamado 'Football Leaks', divulgado nesta segunda-feira (15) no jornal britânico The Guardian, em parceria com o site francês Mediapart, indica irregularidades cometidas por Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain, durante o processo de aquisição do jogador Javier Pastore, na época integrante do time italiano Palermo.
O diário revela carta confidencial escrita em árabe durante o ano de 2011, com Khelaifi como signatário, solicitando ao chefe de gabinete do Governo catariano e atual emir do país, Tamim bin Hamad Al-Thani, que pagasse 2 milhões de euros (R$ 8 milhões) a Marcelo Simonian, agente do jogador argentino. Nasser também teria pedido 200 mil euros (R$ 800 mil), destinados a empresa privada Oryx QSI, pertencente ao seu irmão, Khalid Al-Khelaifi, ligada a contratação do meio-campista Pastore.
A operação, se realizada como relatado acima, viola as regras da Fifa, que permitem apenas a jogadores e clubes realizarem o pagamento de agentes. Como explicitado no artigo 7 do regulamento da entidade: ''qualquer pagamento por serviços de um intermediário deve ser feito exclusivamente pelo cliente do intermediário para o intermediário''.
Segundo a FFF (Federação Francesa de Futebol), consultada por representantes do Guardian, caso a operação seja confirmada, o presidente do Paris Saint-Germain terá ferido principalmente o artigo 222-17 do Código Esportivo da entidade: ''Um presidente de clube, portanto, não pode, de maneira pessoal, fazer pagamentos de comissões e agentes'', disse a FFF, em comunicado.
Nasser também é acusado de fornecer informações equivocadas ao juiz francês Renaud Van Ruymbee, que investigava o caso. ''Eu não tinha a assinatura. Não poderia ter ordenado nenhum gasto'', disse o bilionário ao magistrado, quando questionado sobre a Oryx QSI. A afirmação do catariano entra em conflito com as informações contidas no documento.
Os advogados de Nasser Al-Khelaifi negaram a autenticidade da carta e informaram ao veículo britânico que o magnata não comentará o caso. Eles atribuem a países vizinhos, considerados inimigos, a responsabilidade de ''circularem uma enorme quantidade de informações falsas e documentos fabricados, com a intenção de prejudicar o Catar e as atividades de alguns cidadãos ilustres''.
Já Marcelo Simonian afirma ter negociado a contratação de Javier Pastore diretamente com o diretor esportivo da equipe parisiense, Leonardo Nascimento de Araujo: ''Com Nasser, a gente apenas conversa e aperta mãos. Mas a negociação foi feita toda por telefone, com Leonardo''.
Em 29 de julho de 2011, Pastore se transferiu para o Paris Saint-Germain, após chamar atenção da mídia esportiva atuando no Palermo. O jogador foi contratado por 40 milhões de euros (R$ 169 milhões).
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