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Vasco vai contestar ação do VAR e tentar impugnar partida contra o Grêmio

Pikachu teve gol anulado após árbitro alegar falta de Rossi na origem do lance - Jeferson Guareze/Agif
Pikachu teve gol anulado após árbitro alegar falta de Rossi na origem do lance Imagem: Jeferson Guareze/Agif

Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

15/07/2019 17h34Atualizada em 15/07/2019 19h02

O Vasco vai à Justiça tentar impugnar a derrota para o Grêmio, em partida realizada no último sábado, pelo Campeonato Brasileiro. O departamento jurídico do Cruzmaltino pretende acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para contestar a utilização do árbitro de vídeo, alegando erro de procedimento. No jogo, a equipe de São Januário teve um gol anulado no começo do segundo tempo - ganhava de 1 a 0 -, em que o árbitro Rodolpho Tosky Marques, após ser chamado ao VAR, aponta falta de Rossi na origem do lance.

"A análise do departamento jurídico está sendo feita. A gente realmente não concorda com o que ocorreu no jogo de sábado. Estamos muito insatisfeitos. Foi uma consequência muito ruim para nós. Entendemos que o VAR é uma ferramenta importante hoje em dia, uma tecnologia que veio para ajudar, mas estamos entrando numa área de interpretação de lances que tem causado algumas confusões. No nosso jogo aconteceu exatamente isso. Houve a interpretação equivocada de um lance, na nossa visão, desconectado e muito anterior ao lance que culminou no segundo (gol)", disse André Mazzuco, que completou:

"Não houve nenhum tipo de reclamação por parte dos atletas do Grêmio, então entendemos que ocorreu um equívoco que mudou o panorama do jogo. Na sequência do lance, vale lembrar, tivemos cartões amarelos distribuídos, tirando até um atleta nosso de uma partida importante. Isso é uma interferência que consideramos direta no resultado. O departamento jurídico está trabalhando nisso, até para ver qual a melhor medida a ser tomada".

A derrota por 2 a 1, de virada, gerou muitos protestos por parte do elenco, comissão técnica e diretoria do Vasco. O técnico Vanderlei Luxemburgo, em entrevista coletiva, disse que a equipe carioca foi prejudicada e cobrou punição ao árbitro. Já o presidente Alexandre Campello, foi às redes sociais contestar a competência de Tosky para comandar tal jogo.

Na próxima rodada, o Vasco encara o Fluminense, em São Januário, no sábado, às 11h.

No começo da noite, o STJD divulgou uma nota sobre a ação do Vasco. Segundo o escrito no site da entidade, o Vasco entende que a jogada revisada não se enquadra nas hipótese de revisão pelo VAR.

Veja na íntegra:

"O jurídico do Vasco da Gama ingressou na noite desta segunda, dia 15 de julho, com pedido de impugnação de partida contra o Grêmio, pela 10ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O Vasco alega erro de direito na anulação incorreta do segundo gol do clube carioca em desacordo com as Regras de Futebol e com o Manual para Árbitros Assistentes de Vídeo (VAR). O pedido foi encaminhado para análise do Presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho.

De acordo com o documento, após a confirmação do gol pelo árbitro da partida, Rodolfo Toski Marques, antes da partida ser reiniciada pela equipe do Grêmio, o árbitro principal foi solicitado pelo árbitro de vídeo para que a jogada fosse revista e, após análise, anulou o gol.

Ainda segundo o documento ingressado pelo Vasco, a jogada que foi revisada não está enquadrada nas hipóteses de revisão pelo VAR descritas no item 3 do Manual para Árbitros Assistentes de Vídeo.

No entendimento do clube não resta dúvida que a utilização do árbitro de vídeo na jogada foi feita em total desacordo com o regulamento e fora dos limites impostos pelas entidades de administração do desporto, caracterizando, dessa forma, a ocorrência chamada ERRO DE DIREITO, erro necessário para ingressar com o pedido de impugnação, e interferindo diretamente no resultado final da partida.

Desta forma o Vasco solicita a não homologação do resultado da partida e a possibilidade de acolhimento da anulação e, por razões óbvias, que não sejam computados os cartões amarelos apresentados aos jogadores e que seja determinado ofício para a CBF para juntada de todos os relatórios do VAR (áudio e vídeo) da partida no prazo de 48h.

Recebida a impugnação a secretaria remeteu o pedido para análise do Presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho".

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