Especial 25 anos do Tetra: Título consagrou geração e quebrou paradigmas
O futebol brasileiro comemora hoje (17) os 25 anos do tetracampeonato da seleção brasileira masculina de futebol na Copa do Mundo dos Estados Unidos.
Para marcar a data em que o italiano Roberto Baggio chutou por cima da meta de Taffarel a última cobrança de pênalti no estádio Rose Bowl, o UOL Esporte preparou longo material de pesquisa, apuração e entrevistas e contou algumas histórias até então inéditas dos bastidores daquela conquista.
Acompanhe a reportagem completa.
Romário não era cobrador de pênalti. E aí?
Principal símbolo do tetra, o atacante Romário havia cobrado apenas três pênaltis na carreira até a final da Copa do Mundo de 1994. Ele não gostava, não se sentia bem. Após o fim da prorrogação, o técnico Carlos Alberto Parreira conta que não precisou trocar nenhuma palavra com seu camisa 11 para definir que ele faria a segunda cobrança. O comandante fala sobre a tensão do momento de escolha antes do que Romário define como "os 40 metros mais longos da minha vida."
Como a intuição ajudou Taffarel na decisão
O UOL encontrou Wendell Ramalho, 71 anos, preparador de goleiros da seleção brasileira na Copa de 94. Hoje aposentado, o profissional de quatro edições do Mundial conta como foi a preparação de Taffarel para defender o pênalti de Danielle Massaro que contribuiu para a conquista do tetra. Vale lembrar que até a Copa o goleiro não era unanimidade, tanto que foi apelidado de "Frangarel".
Atletas de Cristo x Turma do Fundão nos EUA
Apesar da imagem de união propagada ao longo dos últimos 25 anos, havia pequenas cisões no grupo de jogadores da seleção brasileira. Os maiores microgrupos eram formados pelos "Atletas de Cristo", um movimento integrado de jogadores que professavam a fé cristã, e a "Turma do Fundão", basicamente os mais próximos de Romário.
Qual foi a música que embalou os jogadores?
Da mesma maneira que ocorreu na Copa do Mundo de 2002, quando "Festa", de Ivete Sangalo, e "Deixa a Vida Me Levar", de Zeca Pagodinho, ficaram marcados como músicas temáticas do título por serem cantadas por jogadores e torcedores, em 1994 também houve um hit. E mais: era um pagode cheio de duplo sentido em que até Zagallo, então auxiliar técnico, era "homenageado".
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