Como eliminação pode impactar ano de Palmeiras e Fla? Blogueiros opinam
Donos dos elencos mais ricos do futebol nacional, Palmeiras e Flamengo foram eliminados da Copa do Brasil na noite de ontem, na fase de quartas de final, depois de perderam nos pênaltis para Internacional e Athletico Paranaense, respectivamente.
Os dois times agora têm pela frente outras duas competições: Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores. Mas como a eliminação de ontem pode influenciar na sequência de temporada das equipes de Felipão e Jorge Jesus? Para responder essa pergunta, convocamos os blogueiros do UOL Esporte. Confira o que eles disseram:
Depende das consequências. Se as eliminações se transformarem em um estopim de crise é óbvio que não ajuda.
Mas é inegável que abre espaços no calendário inchado e permite uma maior concentração nas competições que sobraram. Pode ser bem aproveitada por Jorge Jesus com mais semanas cheias e tempo para recuperar os atletas de uma proposta de jogo que cobra intensidade máxima.
Para o Palmeiras parece o passaporte "indesejado", afinal o mata-mata é prioridade, para mais um título brasileiro. No sábado poupou e perdeu dois pontos para o São Paulo. Agora serão menos jogos para rodar o elenco de forma mais radical.
Milionário & José Rico do futebol brasileiro caíram nos pênaltis na Copa do Brasil, perderam a chance do título e da premiação generosa, estão aguentando as piadas dos rivais, e agora concentram todas as fichas nas duas principais competições que disputam na temporada.
A diferença é que o Palmeiras sobra nos pontos corridos, tem tudo para levar mais um Brasileirão e Felipão já ganhou uma Libertadores pelo clube. Já o Flamengo segue na seca de títulos pesados, tem ficado sempre no cheirinho, a pressão só aumenta, seu camisa 10 segue pipocando nos momentos cruciais e o elenco não é tão equilibrado em todos os setores quanto o do time paulista. Para o rubro-negro, acho que a queda para o Athletico pode render maiores sequelas.
Positivamente, pois terão mais tempo para se dedicar a ambos. Agora, se forem eliminados também da Libertadores, crises se instalarão porque, principalmente os palmeirenses, não se contentarão com o Brasileirão.
Tudo vai depender do desempenho nas duas outras competições, que são mais importantes. Jorge Jesus ganha algumas semanas livres para ajustar o time que assumiu recentemente. Luiz Felipe Scolari idem, resta saber se desejará aprimorar o jogo do Palmeiras, aumentando o repertório, algo necessário.
As consequências das eliminações dependem de como elas forem encaradas. O Palmeiras precisa entender que mata-mata não combina com cautela excesso. É muito pequeno confirmar-se com uma pequena vantagem. Ela tem virado fumaça. O Flamengo precisa aprender algo básico: pênalti é muito importante em mata-mata. Coisa de especialista. Diego não é. Com estas correções, fica mais fácil a briga na Libertadores. Mesmo assim, a questão psicológica vai pesar. A pressão aumenta. Eliminação sempre é ruim. É fracasso. O efeito colateral é ter mais tempo para o Brasileiro. Que seja tratado com o respeito que merece.
Pra mim, o maior impacto é financeiro. A premiação da Copa do Brasil é muito boa. Esportivamente, acredito que os dois times superem a queda sem maiores traumas. No mais, vai depender do que fizerem no restante da temporada. Se conquistarem a Libertadores ou o Brasileiro, as eliminações serão praticamente esquecidas. Caso contrário, farão parte de uma bolha de pressão.
O futebol brasileiro não está polarizado entre Palmeiras e Flamengo.
Nós, os jornalistas, é que estamos.
Se o Flamengo fosse eliminado e o Palmeiras classificado, diríamos que o Flamengo teria uma vantagem de calendário, porque descansaria.
O inverso também seria verdade.
Antes da parada da Copa América, um monte de gente dizia, em programas de TV, que o Palmeiras já era campeão.
Era só olhar a tabela e perceber que não. Como campeão, se, no retorno da Copa América, o Palmeiras teria Internacional, em casa, São Paulo, fora, Internacional, fora, Ceará, fora, Godoy Cruz, fora, Vasco, em casa, Godoy Cruz, em casa, e Corinthians, fora?
Uma derrota e o clima muda.
Mudou.
O calendário brasileiro é um enduro de resistência.
O impacto é o que uma derrota sempre trouxe.
Neste enduro de resistência, suporta quem sabe entender o significado de uma derrota.
Não é o fim de todas as chances.
Não pode ser o fim de cada trabalho.
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