Opções de Felipão em eliminação mostram crise de confiança em centroavantes
As opções de Luiz Felipe Scolari na eliminação do Palmeiras diante do Internacional ontem, nos pênaltis, nas quartas de final da Copa do Brasil, evidenciaram que o treinador vive uma crise de confiança em suas alternativas para a posição de centroavante. Se Deyverson é o titular absoluto e constantemente defendido pelo técnico, Borja e Arthur Cabral estão longe de terem prestígio no momento.
A dependência de Deyverson para o modelo de jogo do Palmeiras funcionar bem não é novidade: o centroavante é essencial para ganhar a primeira bola nas disputas aéreas, sustentar jogadas no pivô e ajudar na pressão ao adversário na hora de defender. Por isso, o camisa 16 é um dos que menos entra no rodízio de titulares promovido pelo treinador e quase nunca é substituído. Quando ele joga mal, como nos dois jogos contra o Inter, o time sofre.
Quando a placa com o número de Deyverson subiu na metade do segundo tempo contra o Inter, portanto, foi surpreendente não só ver que o atleta sairia, mas também que quem entraria em seu lugar seria Carlos Eduardo, um ponta com características totalmente diferentes. Willian terminou o jogo como centroavante, algo que também foge bastante do estilo de Felipão. Enquanto isso, Borja assistiu à eliminação do banco, enquanto Arthur nem sequer foi relacionado.
Felipão já deixou claro que para Borja atuar, o time precisa mudar seu estilo, já que ele não consegue fazer as mesmas funções que Deyverson. A melhor fase do colombiano foi no ano passado sob o comando de Roger Machado, quando o Palmeiras tentava fazer um jogo menos direto e não dependia tanto do jogo aéreo do centroavante. Sem espaço no clube, Borja já recusou quatro propostas para sair nesta temporada. Ele tinha o sonho de jogar a Copa América pela Colômbia, algo que não se concretizou.
Já Arthur Cabral recebeu poucas chances de Felipão e, quando esteve em campo, não convenceu. Após começar o ano com um problema físico que o tirou dos primeiros meses da temporada, ele aos poucos passou a ser integrado na equipe. Na única partida em que começou como titular, contra o Sampaio Corrêa, na Copa do Brasil, fez um primeiro tempo apagado e foi trocado por Deyverson no intervalo. Hoje, divide com Borja o status de reserva e costuma revezar com o colombiano no banco.
Borja foi contratado em 2017 após ganhar a Libertadores pelo Atlético Nacional e assinou até 2021. O Palmeiras contou com aporte financeiro da Crefisa e pagou US$ 10 milhões (cerca de R$ 33 milhões) por 70% dos direitos do atacante; caso não o venda em um mês, será obrigado a desembolsar mais US$ 3 milhões (R$ 11,2 milhões) para comprar os outros 30%. Já Arthur veio para este ano do Ceará e custou R$ 5,5 milhões por 50% dos direitos econômicos, com contrato até 2023.
Nas últimas semanas, a diretoria tem mantido o discurso de que o Palmeiras não procura mais peças para o elenco nesta temporada, a não ser que surja uma nova "oportunidade de mercado", como foi o caso do volante Ramires.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.