Antony vira gente grande no São Paulo e luta contra "sina dos renovados"
O São Paulo acertou ontem a renovação do contrato de Antony até junho de 2024. Um movimento que é tratado como conquista pelo clube e pelo jogador. O Tricolor celebra mais um passo na luta para manter as revelações da equipe por mais tempo. Já o jovem consolida seu amadurecimento como profissional e, mais ainda, como protagonista do elenco.
Em pouco mais de sete meses, Antony saiu de "rebaixado" para a disputa da Copa São Paulo com o time sub-20 para uma das estrelas do grupo principal, decisivo em jogos importantes e alvo de clubes europeus. Esse novo status alcançado já era reconhecido pela comissão técnica e pela torcida. Faltava confirmá-lo financeiramente.
Antony virou gente grande de vez. E isso aumenta a responsabilidade sobre ele. Hoje, está bastante valorizado no São Paulo, com salário condizente com sua importância no elenco, e cada vez mais visado pelos adversários. São elementos que causam preocupação na sequência da evolução do jovem, mas o Tricolor se mostra confiante até aqui.
Cuca, por exemplo, sente Antony cada vez mais ciente do papel que ganhou na equipe. Chama o jogo, encara rivais mais experientes e aparece em momentos decisivos - fez gols nas três finais que disputou nesta temporada: Copinha, Campeonato Paulista e, pela seleção brasileira olímpica, Torneio de Toulon.
Nesse processo de renovação, que envolveu a recusa da proposta de Sporting e Manchester City, o São Paulo ficou bastante satisfeito com a resposta de Antony. O garoto topou ouvir os planos da diretoria, abraçou o projeto apresentado e cresceu nos treinamentos. A próxima prova será o desempenho para valer, no Campeonato Brasileiro.
O próximo jogo do Tricolor está marcado para as 20h de segunda-feira, contra a Chapecoense, no Morumbi, pela 11ª rodada do Brasileirão. Antony deve formar trio de ataque com Alexandre Pato e Raniel e está motivado. Mas, nas redes sociais, os torcedores são-paulinos externam preocupação com um histórico recente no clube.
De 2015 para cá, alguns jogadores que renovaram contrato com o São Paulo não tiveram um futuro muito próspero após a extensão. Michel Bastos foi o primeiro caso do tipo. Deixou de ser xodó para ocupar posto de vilão em pouco tempo. Nenê e Cueva foram enquadrados nessa mesma teoria passional.
Há ainda os casos de 2017. Lyanco, Luiz Araújo e Thiago Mendes renovaram com o Tricolor no começo do ano e, meses depois, acabaram vendidos. As fotos dos jogadores com a camisa que mostrava o novo prazo do contrato viraram "memes".
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