Flamengo encara tormenta inesperada e põe temporada à prova em duas semanas
A eliminação nas quartas de final na Copa do Brasil não estava na conta nem do mais pessimista torcedor do Flamengo. Com duas frentes ainda em aberto, o clube vive momentos de tensão absoluta e terá de conviver com uma margem mínima de erro.
Daqui até o fim do mês de julho, o Rubro-negro tem quatro compromissos que podem apontar a direção do futebol do clube até o final da temporada. Nas próximas duas quartas-feiras, a equipe encara o Emelec, pelas oitavas da Libertadores. No meio desses compromissos, o Fla pega Corinthians e Botafogo, em partidas válidas pelo Brasileiro.
A competição continental, tratada como verdadeira obsessão pelo grupo e também pela arquibancada, tornou-se ainda mais relevante na Gávea. Em busca do bicampeonato sul-americano, o Flamengo entrará absolutamente sob pressão nos duelos contra os equatorianos. Um revés, além de aumentar a lista de vexames internacionais, poderá abalar as estruturas.
Não menos importante, o Brasileiro também ganhou o componente extra da "obrigação". A seis pontos do líder Palmeiras, o time enfrenta dois tradicionais rivais para seguir na cola do Alviverde. Um aumento significativo desta distância também deixaria o ambiente ainda mais conturbado.
"As coisas não aconteceram como a gente queria, mas vamos tentar a reviravolta para conquistar coisas grandes. Não tem como tranquilizar a torcida, não era o resultado que a gente queria", disse Gabigol.
Apesar do tradicional discurso de que o momento é de demonstrar forças, os jogadores admitiram que a eliminação abriu uma ferida que só será curada com a conquista de títulos importantes, artigo que anda em falta no Fla nos últimos anos.
"A pressão existe, o Flamengo é um clube enorme. O ano não acabou. Vamos sofrer esses dias, mas já virando a chave. Entendemos que a nossa torcida esteja triste, mas nós ainda vamos colher os frutos. Isso (a eliminação) não pode destruir toda a temporada. Pressão aqui existe até em amistoso, não tem tempo para lamentar", acrescentou o goleiro Diego Alves.
O presidente Rodolfo Landim e seu grupo chegaram ao poder prometendo recolocar o Flamengo no trilho das vitórias. O investimento milionário em contratações e estrutura física deixam evidentes o tamanho da ambição rubro-negra. Terminar mais um ano no "cheirinho" poderia trazer muitas consequências na política interna do clube.
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