Topo

Diego completa 3 anos de Flamengo da apoteose à guerra no aeroporto

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/07/2019 04h00

No dia 21 de julho de 2016, o meia Diego foi apresentado no Flamengo com direito a uma apoteose no Santos Dumont. Símbolo da consolidação financeira do clube, o jogador chegou ao Rio com status de ídolo instantâneo e foi carregado nos braços da torcida. Literalmente.

Dois dias antes dos três anos da sua chegada (completados ontem), o jogador foi novamente protagonista de uma cena marcante no aeroporto, mas teve de experimentar o outro lado da moeda da idolatria. Cobrado por torcedores por conta do pênalti perdido contra o Athletico, o camisa 10 passou por apuros no Galeão e teve de ser escoltado para que o pior fosse evitado.

Insatisfeito com a situação, o meia Diego se irritou, discutiu e tentou encarar alguns torcedores. Ele foi contido por seguranças e passou pelas catracas ainda gesticulando e gritando muito, mas a confusão não passou disso (veja o vídeo mais abaixo, que foi divulgado pelo "Fla Press").

No vídeo, Diego tentou avançar em direção aos cerca de 20 torcedores que ali estavam, mas foi contido por um dos vários seguranças que o cercavam no momento.

No ano passado, ele também foi o alvo preferido de rubro-negros que tentaram transformar o aeroporto internacional em uma praça de guerra. Antes do voo para Fortaleza, alguns cobraram de forma mais dura o mau desempenho do time na Libertadores de 2018. No jogo seguinte, Diego marcou um gol contra o Ceará e festejou nos braços da "Nação".

Após a queda na Copa do Brasil, o atleta tomou providências e contratou dois seguranças particulares para cuidar de sua proteção pessoal. A medida não foi suficiente para evitar o estresse antes do embarque para São Paulo, local da partida contra o Corinthians.

Esses três anos na Gávea foram marcados por dois títulos cariocas e falhas em momentos cruciais. Além do erro contra o Rubro-negro, Diego desperdiçou pênalti contra o Cruzeiro, em jogo válido pela final da Copa do Brasil, e contra o Palmeiras, quando o Fla disputava com o Alviverde o título do Brasileiro de 2016.

Apesar destes altos e baixos, ele conta com apoio de parte significativo da arquibancada, que enxerga no jogador uma liderança importante. Há, no entanto, quem o acuse de ser "frio", especialmente depois de derrotas importantes.

No início deste ano, Diego e Flamengo quase terminaram o casamento, mas as partes ampliaram o relacionamento até dezembro de 2020. Entre tapas e beijos, Diego tenta recuperar parte do amor que foi perdido, mas ele sabe que só títulos podem curar a dor. Na quarta, o Fla encara o Emelec, às 21h30, pela Libertadores. Uma nova chance para cicatrizar a ferida aberta desde a queda.