Fórmula de sucesso? Conheça os atletas que já foram "sparrings" de Sampaoli
O técnico Jorge Sampaoli explicou desde seu primeiro momento no Santos que utilizaria jogadores das categorias de base nos treinamentos do time profissional. Os "sparrings", como ele chama, são presença frequente em todos os trabalhos do argentino e aos poucos começam a ganhar espaço no elenco. Mas a fórmula do treinador é efetiva? O UOL Esporte buscou atletas que já passaram por esse trabalho com Sampaoli para responder a pergunta.
Os "sparrings" não foram utilizados por Sampaoli somente nos clubes em que dirigiu, mas também nas seleções. Quando comandou Chile e Argentina nas últimas duas Copas do Mundo, por exemplo, o técnico levou o grupo de ajudantes ao Brasil e Rússia, respectivamente. Vários desses jogadores se firmaram em seus clubes ou até já estão na Europa.
Quando comandou a La U, do Chile, entre 2011 e 2013, Sampaoli lançou jogadores que, se não tiveram sucesso internacional, conseguiram ser importantes para o próprio clube ou se estabeleceram no futebol chileno. O zagueiro Valber Huerta e o atacante Christian Bravo passaram pelas mãos do argentino no clube e chegaram atuar pelo Granada, da Espanha.
O maior destaque fica para o atacante Ángelo Henríquez, que se destacou pelo clube chileno e foi negociado com o gigante Manchester United, da Inglaterra, onde acabou não se firmando. Ele passou pelo Zaragoza, da Espanha, e depois teve sucesso no Dínamo Zagreb, da Croácia, chegando a atuar também no Atlas, do México. Hoje está de volta ao clube que o revelou.
O volante Igor Lichnosvky foi outro lançado por Sampaoli que se destacou e fez carreira fora do país. Ele foi contratado pelo Porto, de Portugal, passou pelos espanhóis Sporting Gijón e Valladolid, e hoje atua no futebol mexicano. Ele se destacou pelo Necaxa e hoje defende o Cruz Azul.
Já nos trabalhos nas seleções em que dirigiu, nomes mais conhecidos aparecem, como atacante Nicolás Castillo, que chegou a estar na mira do Santos no início do ano, quando estava de saída do Benfica (POR). Hoje ele atua no América do México.
Felipe Mora, atacante destaque do Pumas (MEX), Joe Abrigo, meia que passou pelo Necaxa (MEX), Pablo Galdames, volante do Vélez Sarsfield (ARG), Rodrigo Echeverría, zagueiro titular da La U (CHI), e Gabriel Suazo, meia do Colo-Colo (CHI), completam a lista.
Os principais nomes, como não poderia ser diferente pela qualidade histórica, aparecem durante seu trabalho na Argentina. Dos "sparrings" convocados por Sampaoli e que viajaram para a Copa do Mundo da Rússia, três já foram vendidos para a Europa: o zagueiro Nehuén Pérez, do Atlético de Madri (ESP), o zagueiro e volante Leonardo Balerdi, do Borussia Dortmund (ALE) e o atacante Gonzalo Maroni, da Sampdoria (ITA).
Outros nomes começam a se destacar na Argentina, como o meia Thiago Almada, do Vélez Sarsfield, o meia-atacante Maximiliano Lovera, do Rosário Central, e o atacante Tomás Chancalay, do Colón. O atacante Cristian Ojeda, emprestado ao Portland Timbers, também foi "sparring" de Sampaoli na seleção.
No Santos, o técnico vem enfrentando problemas de renovação de contrato, como os casos do zagueiro Kaique Rocha, do volante Sandry e do atacante Tailson, mas aos poucos vai começando a relacionar os "sparrings" para jogos da equipe profissional. Os últimos escolhidos foram o zagueiro Wagner Leonardo, o lateral direito Cadu, o meia Ivonei e os atacantes Allanzinho e Alexandre Tam.
"Sempre no primeiro ano não são tão utilizados, mas no segundo ano aparecerão mais. Podem ser até titulares, sempre aconteceu isso em meus projetos. Não descarto que esses jogadores possam atuar até o fim do ano também. Podemos ter lesões e suspensos. Vamos ver", explicou Sampaoli em entrevista coletiva na última semana.
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