Ídolo do Atlético-MG, Luan vira reserva e ouve até vaias da torcida
O que acontece com Luan no Atlético-MG? Ídolo da torcida, o meia-atacante recentemente perdeu espaço entre os comandados de Rodrigo Santana e sequer entrou em campo diante do Botafogo, pela Copa Sul-Americana. Em sua última aparição, recebeu até vaias da torcida que sempre o venerou. Hoje, ele não dá indícios de que pode recuperar imediatamente uma vaga entre os prediletos do comandante.
O camisa 27 iniciou o ano como titular absoluto do Galo e gozou deste privilégio também com Levir Culpi, demitido em abril passado. Não à toa, manteve a condição em 30 dos 44 jogos disputados pelo time no ano. Luan foi utilizado como reserva em três oportunidades, sendo que duas delas em duelos recentes.
A atuação no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil 2019, quando a equipe foi derrotada por 3 a 0 pelo arquirrival Cruzeiro, foi o que fez a vida de Luan mudar. Ele deixou a condição de titular para a entrada de Rómulo Otero no jogo de volta, vencido por 2 a 0 pelo Galo. A saída foi por opção da comissão técnica. Na ocasião, todavia, o jogador substituiu Elias a 33 minutos do fim do confronto.
A ausência da equipe não agradou Luan. O atleta de 28 anos se chateou com a condição de suplente em um momento decisivo para o Atlético na temporada. A situação, contudo, foi tratada com normalidade pela comissão técnica e pelo próprio jogador.
Quando teve chance de voltar a atuar, Luan não convenceu. Tanto nos 33 minutos que teve no clássico contra o Cruzeiro, como no empate por 2 a 2 com o Fortaleza, quando esteve em campo por 14 minutos, o meia não se destacou. No segundo jogo, inclusive, perdeu um pênalti que poderia dar a vitória ao Galo e colocar o clube na terceira posição do Brasileirão, a quatro pontos de Palmeiras e Santos, primeiros colocados.
O pênalti perdido contra o Fortaleza acarretou também vaias da torcida ao jogador, fato inédito desde a sua chegada, em janeiro de 2013. A relação do atleta com os atleticanos é de idolatria, sobretudo após as atuações nos títulos da Libertadores, Recopa Sul-Americana e Copa do Brasil.
"Todo jogador sai bastante chateado [com as vaias]. O Luan, poxa, sempre cobrou penalidades em jogos decisivos [do Atlético], nunca perdeu. Hoje, infelizmente, é uma tarde para se esquecer. Ele acabou perdendo o pênalti, e a torcida cobrou um pouquinho. Mas a gente vai trabalhar, vai conversar com ele, porque amanhã, ele estará fazendo gol novamente e dando alegria para o torcedor", disse o técnico Rodrigo Santana em 21 de julho passado sobre o pênalti perdido pelo atleta.
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