Carille tinha razão: Corinthians joga melhor e volta renovado da pausa
Se comparado ao primeiro semestre de futebol lento e previsível, o Corinthians atual já é um time completamente diferente. Ainda tem seus problemas e não chega a encantar, mas vive franca evolução. Sem perder desde a Copa América, o time de Fábio Carille dá razão ao treinador e aos poucos mostra que a parada pode ser um divisor de águas na temporada. Alguns pontos resumem a melhora do clube alvinegro, e o UOL Esporte os detalha abaixo.
Praticamente tudo melhorou em relação ao primeiro semestre, ainda que alguns pontos estejam bem mais claros do que outros. Mas a própria cobrança da torcida prova como o Corinthians subiu alguns degraus e ampliou seus horizontes desde a volta da parada: agora as reclamações são mais específicas, pontuais, o que mostra que a equipe está se encontrando coletivamente. A vitória por 3 a 1 sobre o Fortaleza, ontem, foi um sinal bastante claro disso.
Mais finalizações e mais gols
O Corinthians passou metade de 2019 chutando pouco a gol, raramente incomodando os goleiros que enfrentava. Mas neste mês tentou 67 finalizações (e acertou 20 no gol) nos jogos contra CSA, Flamengo, Montevideo Wanderers (URU) e Fortaleza. É quase o dobro da média dos oito jogos disputados no Brasileirão antes da Copa América (os chutes certos aumentaram 40%; os errados, 43%). Com mais tentativas surgiram mais gols, naturalmente. Nestes quatro jogos foram sete, o equivalente a uma sequência de sete partidas anteriores à pausa.
Pedrinho vira protagonista
O meio-campista é o principal acerto de Carille, que insistiu em usá-lo pelo lado ainda que o próprio jogador prefira ficar por dentro. A consolidação de Pedrinho na direita resolve um incômodo rodízio de jogadores naquele setor (que já teve Ramiro, Jadson, André Luis e Mateus Vital) e rende ótimos frutos, incluindo dois gols e uma assistência recentes. No fim, Pedrinho combina tão bem com Fagner que o Corinthians joga penso - mas este já é um problema para se resolver mais à frente.
Gil devolve segurança à defesa
Desde a saída de Balbuena o Corinthians não tinha um zagueiro tão dominante e confiável em sua defesa. A chegada de Gil deu segurança a todos em sua volta, principalmente a Manoel, que melhorou bastante. Ainda falta entrosamento entre os dois, e o posicionamento às vezes falha - como no gol sofrido ontem -, mas a pura presença do reforço em campo já dá outra cara à defesa.
Gabriel supre ausência de Ralf
O reserva assumiu um "abacaxi" daqueles e tem se saído relativamente bem. Ralf está em tratamento de lesão muscular, o que levantou temor pela ascendência que o veterano tem no meio-campo do Corinthians. Muito torcedor confia no camisa 15 de olhos fechados, e Carille também; mas Gabriel não tem comprometido - pode não ser um mágico com a bola, mas é mais dinâmico e não deve nada na marcação.
O que ainda precisa melhorar
Apesar da melhora, nem tudo se resolveu no Corinthians na pausa da Copa América. A saída de bola ainda é lenta em vários momentos, as finalizações ainda são imprecisas demais, e algumas decisões dos jogadores irritam a torcida. Individualmente, Danilo Avelar e Junior Urso são dois dos que não vivem grande fase, enquanto Vagner Love tem perdido gols que não costuma perder. Mas se o coletivo melhora o individual, como Carille sempre diz, então há chance de todos reagirem.
Dá tempo de ser campeão?
O Corinthians se recusa a abrir mão do Brasileirão, ainda que esteja dez pontos atrás do líder Santos. Apesar da boa fase, o mau início ainda pesa muito na classificação e limita o Alvinegro aos 19 pontos, no oitavo lugar (e com um jogo a menos). Ainda assim o discurso corintiano é paciente: basta encostar na briga e ver o que dá na reta final.
Já na Copa Sul-Americana a visão é outra, o que é natural em um mata-mata. O Corinthians pega o Montevideo Wanderers (URU) nesta quinta-feira e pode perder por até um gol, que ainda assim se classifica às quartas de final. De modo geral está a seis jogos de um possível título, com chances que parecem mais reais também pela ausência de concorrentes de peso - só o Independiente (ARG) é um "bicho-papão".
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