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D'Ale fala com orgulho dos 11 anos no Inter, mas evita tratar do futuro

D"Alessandro concede entrevista coletiva sobre seus 11 anos no Interancional - Marinho Saldanha/UOL
D'Alessandro concede entrevista coletiva sobre seus 11 anos no Interancional Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

30/07/2019 16h02

D'Alessandro concedeu uma entrevista coletiva que beirou os 45 minutos. Pouco para falar sobre tudo que significou os 11 anos de Inter, completos hoje (30). Em longas manifestações, o gringo se disse orgulhoso, brincou sobre as diferenças físicas em relação a 2008 e só não falou sobre o futuro.

"É um dia especial, diferente, emotivo. Passa um filme na minha cabeça, do primeiro dia, de quando cheguei. Revisando algumas coisas, os amigos me mandaram algumas coisas, o primeiro vídeo, a coletiva, chegando no aeroporto, eu era um guri de cabelo comprido. São 11 anos", disse. "Não é normal no futebol tanto tempo num clube. Me sinto um privilegiado, falo com muito orgulho e muita honra de ter vestido essa camisa pesada no Brasil e no mundo. O clube me deu, durante 11 anos, essa liberdade, da minha personalidade, dentro e fora de campo. Consegui colocar para fora minha opinião muitas vezes, meu caráter. Não me arrependo de nada, por isso estou aqui falando de uma coisa bonita", completou.

D'Alessandro soma 453 partidas pelo Inter. São 92 gols, 105 assistências. Com ele em campo foram 237 vitórias, 113 empates e 103 derrotas. Um total de 13 títulos conquistados.

"Eu aprendo muito e aprendi muito. Tanto nos momentos positivos, e mais ainda nos negativos. É nestes que aprendemos mais. São coisas que pessoas de diferentes opiniões, caráter, têm maneiras diferentes de reagir e agir. Ninguém me marcou negativamente neste período. Tentei tirar proveito dos momentos bons e aprender nos ruins. Positivamente posso falar de colegas, família, funcionários, todos participaram destes 11 anos. Ninguém conquista nada sozinho, títulos são consequências. Mas cada colega que trabalhou comigo, funcionário do clube, ter o respeito de quem conviveu às vezes em 40 ou 45 anos de clube, que vivenciou muita coisa, com jogadores muito mais vencedores do que eu, conquistar este respeito, para mim, é o mais importante", explicou.

Houve espaço até para brincadeira. D'Alessandro falou sobre o cabelo, e a falta dele, na comparação com 2008.

"O que eu falaria para mim quando estava chegando? Primeiro para cuidar mais do cabelo. Ele passa (risos). Eu mudaria isso. Ninguém quer ficar careca. Pensam que eu estou feliz? Mas é o que tenho (risos)", brincou. "Não me arrependo de nada. Obviamente que muitas vezes ultrapassei a dosagem de caráter e personalidade em algumas coisas. Se tivesse que mudar, seria essa dosagem no jeito de fazer as coisas. De repente parar um pouco antes de estourar, pensar um pouco mais. Mas é parte da minha personalidade, meu caráter. Assumo que tem algumas coisas que não gosto de ver hoje, de assistir, mas não mudaria", completou.

Apenas de um assunto D'Ale fugiu: o futuro. Com contrato vencendo no fim do ano, o gringo de 38 anos precisa renovar para esticar ainda mais a permanência em Porto Alegre. E deste tema, não quis falar.

"Não posso falar de 2020 porque meu contrato acaba em dezembro. A verdade é essa. Até dezembro eu deixo a minha vida pelo clube. Tentaremos, junto com o grupo e comissão, atingir nossos objetivos. E veremos onde estarei após a última partida, que é o Lance de Craque (evento beneficente promovido por ele). Seria minha última partida no Beira-Rio neste ano. Ano que vem, não sei o que vai acontecer", finalizou.

O Inter se prepara para encarar o Nacional, do Uruguai, em jogo de volta das oitavas de final da Libertadores. O duelo está marcado para quarta-feira, no Beira-Rio.

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