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Quarto que mais jogou pelo Inter, D'Alessandro mira novo passo na história

D"Alessandro completou 11 anos de Inter e se isola como quarto que mais atuou pelo time na história - Ricardo Duarte/Inter
D'Alessandro completou 11 anos de Inter e se isola como quarto que mais atuou pelo time na história Imagem: Ricardo Duarte/Inter

31/07/2019 04h00

Ao entrar em campo para enfrentar o Nacional, hoje (30), às 19h15 (de Brasília), no Beira-Rio, em duelo de volta das oitavas de final da Libertadores, D'Alessandro se isolará como quarto jogador que mais atuou pelo Inter na história. O gringo, até o fim do ano, pode entrar no Top-3 e vê na chance de erguer novamente a taça da competição continental a oportunidade de um novo capítulo na história do clube.

São 11 anos de Internacional. D'Alessandro tem 453 jogos pelo time gaúcho e está, antes de a bola rolar, empatado com Luiz Carlos Winck. Se isola no quarto lugar na noite de hoje e ficará apenas seis atrás do terceiro colocado, Dorinho, que soma 460 partidas pelo Inter. Os líderes são Bibiano Pontes, com 523 partidas, e Valdomiro, com 803 jogos.

D'Ale é o principal ídolo recente do Internacional. Conquistou 13 títulos no clube e carrega uma relação intensa com os torcedores.

"É difícil de explicar, essa relação se deu de uma forma natural. Nunca forcei nada com a torcida, nem o torcedor comigo. Eu fiz o que tinha que fazer, que era defender a qualquer custo a camisa do Inter dentro de campo. Poderia fazer mais em alguns momentos, mas isso é algo que faz parte. Às vezes não se consegue e o torcedor fica chateado, porque o torcedor é genuíno, ele se expressa, é fanático, ama o clube. Eu sempre aceitei isso. Quando tive que criticar, critiquei. Quando tive que cobrar, cobrei. E aí é que está o respeito. Acho que eles souberam absorver os momentos que pedi para apoiarem, porque o apoio deles é muito importante para nós. Eu sempre cobrei que se vaie depois do jogo, mas durante os 90 minutos, nos apoiem", comentou.

"Eles sabem da força que têm. O torcedor sofreu um pouco nos últimos anos, mas se reergueu junto com o clube. Foi difícil para eles, como para nós. Não foi, nem será a última vez. Quando achar que tiver que cobrar, vou cobrar. Mas eles sabem que é sinceridade, é para o bem do clube, do grupo, precisamos deles do nosso lado", acrescentou o argentino.

Avançar na Libertadores significa trilhar um caminho que ele conhece bem. Campeão do torneio em 2010, ano em que foi eleito melhor jogador do continente, D'Ale pode fazer história com uma nova conquista deste porte.

"Eu continuo com fome (de títulos). E é esta fome que temos que ter para continuar vivos no futebol, continuar trabalhando, dedicados de forma extrema. O jogador precisa se dedicar 24 horas ao futebol, não pode ser menos. Não só dentro do clube, mas na vida pessoal. Eu melhorei muito nisso ao longo do tempo", contou.

"Tudo o que tiver pela frente para conquistar, vamos trabalhar para conquistar. Um título nacional seria importante, internacionalmente já ganhamos. Mas sabemos que é importante seguir ganhando. Então, o que tiver para ganhar, o Inter é muito grande e um clube desta força precisa ganhar sempre", explicou.

O Colorado defende vantagem. Por ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, vai às quartas com qualquer vitória ou empate. Em caso de derrota por 1 a 0, a decisão será nos pênaltis. Qualquer outro placar de derrota dá aos uruguaios a vaga.

FICHA TÉCNICA

INTERNACIONAL X NACIONAL-URU
Data e hora:
31/07/2019 (quarta-feira), às 19h15 (Brasília)
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Fernando Rapallini (ARG)
Auxiliares: Juan Belatti e Maximiliano Del Yesso (ambos argentinos)
Árbitro de vídeo: Germán Delfino (ARG)

INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenílson, Patrick, D'Alessandro e Nico López; Paolo Guerrero.
Técnico: Odair Hellmann

NACIONAL: Rochet; Cotugno, Corujo, Felipe Carvalho e Viña; Rafael García, Zunino, Gabriel Neves, Lorenzetti e Kevin Ramírez; Bergessio.
Técnico: Álvaro Gutiérrez

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