Allana Brittes deixa a prisão para responder por caso Daniel em liberdade
Após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder habeas corpus na tarde de ontem, Allana Brittes deixou a Penitenciária Estadual de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, no início da tarde de hoje (7). A garota de 18 anos é acusada de coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor no assassinato do jogador Daniel Corrêa, morto em outubro de 2018.
A informação é do advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone Junior. O pai de Allana, Edison Brittes Júnior, é réu confesso do assassinato. A mãe, Cristiana Brittes, é acusada de homicídio, coação de testemunha e fraude processual.
Na decisão de ontem, os ministros do STJ ressaltaram que ela poderá voltar para a prisão se não cumprir um dos quatro critérios estabelecidos para soltura. Allana precisa se apresentar à Justiça, não pode deixar Curitiba, está proibida de se encontrar com outros réus e também de frequentar lugares determinados. O próximo encontro dela com a Justiça já tem data.
Entre os dias 15 e 17 deste mês, os sete réus que respondem por diferentes crimes no caso Daniel serão interrogados pela juíza Luciane Regina de Paula, responsável por conduzir o processo. Allana e os pais estarão no grupo de pessoas que responde pelo crime. Com a decisão de ontem, a jovem se apresentará na condição de ré em liberdade. A defesa de Allana divulgou uma nota a respeito do resultado do julgamento do habeas corpus.
"A concessão da liberdade de Alana Brittes é recebida com serenidade pela defesa, que sempre acreditou na Justiça. O reconhecimento deste constrangimento ilegal é o primeiro passo para começar a desfazer os factoides criados no caso. Aos poucos tudo será esclarecido, sem generalizações".
No pedido de habeas corpus que encaminhou ao STJ, o advogado dos Brittes afirmou que a garota sempre foi personagem secundária no caso e, sequer, responde por homicídio. As acusações são coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor. No pedido de liberdade, a defesa alegou que todas as atitudes da jovem foram consequências de ações do pai, Edison Brittes, réu confesso da execução e mutilação do jogador.
O assistente de acusação, Nilton Ribeiro, também divulgou uma nota comentando a decisão do STJ. Ele escreveu que esperava a libertação de Allana e que a decisão não muda nada no processo.
"A revogação da prisão preventiva da Acusada Allana Brittes pelo STJ não causou surpresa à assistência de acusação, uma vez que a 6ª Turma da referida corte, apenas seguiu a sua jurisprudência. Ademais, não se adentrou ao mérito do caso, ou seja, nada foi alterado com relação à acusação formal, sendo que a mesma continua respondendo pelos crimes pelos quais foi denunciada".
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