Sem ícones, política do Vasco aquece para eleição de 2020 com 'novas caras'
Ainda falta pouco mais de um ano para a próxima eleição do Vasco, mas os grupos políticos já trabalham a pleno vapor para o primeiro pleito sem as figuras dos ex-presidentes Antônio Soares Calçada e Eurico Miranda, que faleceram em 2019. No horizonte, "novas caras" do grande público surgem como potenciais candidatos, embora dentro do ambiente vascaíno já não sejam tão novidades assim.
O primeiro nome que já se autodeclara como pré-candidato é o advogado Luiz Roberto Leven Siano, que durante muitos anos teve como cliente Edmundo, hoje ligado ao ex-candidato das últimas eleições Julio Brant, do grupo "Sempre Vasco", e que deve novamente concorrer ao cargo máximo do clube.
Leven Siano tem promovido encontros com grupos políticos, ex-jogadores e personalidades do Vasco.
Brant, por sua vez, adota o mistério assim como fez em 2017, quando anunciou oficialmente sua candidatura mais próximo do pleito. Sua participação, porém, já é dada como praticamente certa, sendo que mais uma vez ele surge como um dos favoritos.
Vale lembrar que na última disputa Brant chegou a vencer na votação entre os sócios, mas seu até então vice-geral na chapa, Alexandre Campello, decidiu romper, se aliar aos apoiadores de Eurico Miranda e triunfar na disputa no Conselho Deliberativo, tornando-se o presidente atual do Cruz-maltino, fato que nunca havia acontecido em toda a história do clube.
Campello, por sinal, ainda não se decidiu se tentará a reeleição. A possibilidade é considerável, mas caso o presidente não participe, há um movimento pela candidatura do atual vice-presidente de Controladoria, Adriano Mendes, embora o dirigente - considerado o guru econômico da atual gestão - não tenha o interesse de surgir como candidato, a princípio.
Outra possibilidade dos integrantes da situação é fazer uma composição para apoiar Luis Manoel Fernandes, hoje nome forte entre alguns dos grupos ligados ao ex-presidente Eurico Miranda.
Fernandes foi presidente do Conselho Deliberativo na gestão anterior e, na carreira profissional, é professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-RJ, além de ter sido secretário-executivo do Ministério do Esporte (de 2012 a 2015), coordenador do grupo executivo da Copa do Mundo de 2014 e secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (de 2004 a 2007).
Figura ativa na política do Vasco e integrante do Conselho Fiscal desde a gestão passada, Otto Carvalho é outro nome que pode surgir ou servir como base de apoio para algum candidato.
Grupos fazem corrida por associação
O presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, recentemente informou que a pessoa que quiser votar na eleição de 2020 terá até o próximo dia 15 para se associar ao clube nas categorias que dão direito a voto. Antes mesmo do prazo, porém, os grupos políticos já estavam fazendo uma corrida pela associação entre os torcedores do Vasco.
Para ingressar num destes planos, se faz necessário que o postulante tenha um proponente para assinar o pedido associativo. Tais grupos, então, têm realizado campanhas para receber os vascaínos com o propósito de aumentar a lista de votantes, que segundo dados divulgados pelo clube em junho está com 4.750 aptos ao voto (contabilidade feita até o dia 31 de maio de 2019).
O "Sempre Vasco", por exemplo, criou até mesmo um número no Whatsapp para tirar dúvidas de quem estiver interessado em se associar.
Vale lembrar que o Vasco ainda não oficializou uma data para a eleição de 2020. Sabe-se somente que acontecerá no segundo semestre.
Calçada e Eurico influentes
Integrantes da diretoria nos períodos mais vitoriosos da história do Vasco, Antônio Soares Calçada e, principalmente, Eurico Miranda, tinham muita influência na política do Vasco e foram ativos no último pleito.
Miranda tentou uma reeleição, ficou em segundo lugar entre os sócios e, na disputa dentro do Conselho Deliberativo, fez uma composição com seus pares para eleger Campello, recém-rompido com Brant.
Mesmo após falecer, Eurico continua tendo suas diretrizes seguidas por muitos conselheiros, principalmente os beneméritos, grupo que presidia até pouco antes de sua morte.
Calçada, por sua vez, já não estava tão participativo, mas decidiu apoiar e aceitar o convite de última hora feito por Brant para ser o vice-geral de sua chapa após a ruptura de Campello. Apesar da aliança de peso, Julio não conseguiu sair vitorioso do Conselho Deliberativo.
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