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Caso Daniel: Vídeo mostra o último Dia dos Pais do jogador com a filha

Do UOL, em São Paulo

12/08/2019 21h59

Um vídeo obtido pelo UOL Esporte mostra o último Dia dos Pais que Daniel passou com sua filha. O jogador morreu em 27 de outubro do ano passado, em São José dos Pinhais, no Paraná. Edison Brittes Júnior admitiu o crime e está preso, assim como Cristiana Brittes, mulher dele. A RPC foi a primeira emissora a registrar os vídeos.

Na gravação, Daniel aparece em casa brincando com a filha. Ele incentiva a criança a falar "papai", palavra que ela repete enquanto se agarra às costas do ex-jogador.

A reportagem obteve outros vídeos mais recentes. Com uma camisa do Coritiba, clube que Daniel defendeu em 2017, a menina diz que seu pai está morando no céu. Conversando com a mãe, ela identifica o jogador em um porta-retrato. Questionada como chamava seu pai, ela responde: "Daniel".

A expectativa é que os sete réus do processo de homicídio de Daniel prestem depoimento à juíza Luciana Regina de Paula entre os dais 13 e 15 deste mês. A magistrada encerrará a audiência de instrução decidindo se o caso irá ou não a júri popular.

Entenda o caso:

Daniel Correa foi morto no dia 27 de outubro de 2018 depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes. Após celebração em uma boate de Curitiba, todos seguiram para a casa da aniversariante, onde o jogador foi espancado antes de ser levado dali de carro para a morte.

Daniel foi degolado e teve o pênis cortado. Edison Brittes Júnior, pai de Allana, confessou o crime. No carro que levou o jogador para ser morto ainda estavam David Vollero, Ygor King e Eduardo da Silva, também presos acusados de participação no homicídio.

Segundo Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, Daniel tentou abusar de sua mulher, Cristiana Brittes, e por isso iniciou a sessão de espancamento do jogador, ainda em sua casa.

A polícia afirma que, além de ter matado Daniel, Edison Brittes ameaçou testemunhas do crime e fez com que todos os presentes na casa limpassem o local para apagar as provas de que Daniel esteve ali.

A sétima ré denunciada à Justiça é Evellyn Perusso, ficante de Daniel na noite anterior ao crime. A garota, amiga de Allana, responde por falso testemunho e denunciação caluniosa.