Na manhã de hoje (19), o Fluminense anunciou a demissão do técnico Fernando Diniz. O treinador não resistiu à derrota para o CSA, na tarde de ontem (18), em pleno Maracanã, e deixa a equipe na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
A saída de Fernando Diniz acontece após 44 jogos no comando, com 18 vitórias, 11 derrotas e 15 empates. Mas a demissão foi justa? Veja o que os blogueiros do UOL Esporte pensam sobre a decisão do clube carioca:
Erros de arbitragem à parte, trabalho de Fernando Diniz ficou indefensável com essa derrota "batom na cueca". Não pode perder para o CSA em casa precisando dos 3 pontos para se manter longe do Z-4. Aproveitamento do técnico na Série A é ridículo, só 25% incluindo trabalho no Athletico. Desempenho tem que gerar resultado. (LEIA MAIS)
Apesar dos números do Fernando Diniz não serem dos melhores, ele não pode ser responsabilizado pela má colocação do Fluminense no Brasileirão! Atrasos de salário, jogadores saindo no meio do campeonato, enfim, aqueles problemas de sempre que o clube atravessa nos últimos anos. Diniz fez o que pôde, e classificou o time na Sulamericana. Achar que trocar de treinador resolverá os problemas do Fluminense é pura ilusão!
É sempre assim. Os cartolas se desfazem do time, criam dívidas impagáveis e os treinadores pagam o pato. Celso Barros administra o futebol do Fluminense como administrou a Unimed-RJ.
A pergunta é muito simples. Se, no jogo em que bateu recorde de finalizações e teve dois pênaltis não marcados, o Fluminense tivesse vencido o CSA, Fernando Diniz seria demitido?
Sim ou não?
Eu sei a resposta, você aí também sabe a resposta. É "não". Ainda mais antes de jogos decisivos contra o Corinthians pela Sul-Americana, uma competição em que o Fluminense está bem, firme, com campanha sólida.
Se um time amassa o outro e a bola não entra? é do jogo. Não é coisa de técnico.
"Ah, mas os resultados do Diniz em Brasileiros (com Athletico-PR e Flu) são pífios, não é só por esse jogo".
Mentira. A demissão HOJE é sim por esse jogo. Lembrem-se da resposta à pergunta acima. O normal teria sido um 3 a 0 do Fluminense ontem. Se fosse, torcedor não estaria enchendo, os microfones das rádios cariocas não estariam fervendo, dirigentes não atuariam como torcedores e Diniz seguiria.
Dito isso, os resultados de Diniz não ajudam.
Tenho muito cuidado ao avaliar trabalhos com numerinhos e lista de títulos. Quem olha só para numerinho, pode achar que o Palmeiras do primeiro semestre era uma máquina de jogar futebol. Quem olha só para numerinho, pode achar que o Palmeiras pós-Copa América justifica a demissão de Felipão.
Nem uma coisa nem outra.
Para tudo, há contexto. O Fluminense, além de ser um time bastante fraco, perdeu jogadores importantes. Com Diniz ou sem Diniz, vai jogar para não cair. (LEIA O POST COMPLETO)
Bom futebol tem que estar aliado a desempenho. Não adianta ter uma teoria considerada moderna, se não funciona na prática. Fluminense tem um elenco limitado e pode sofrer no Brasileiro. Talvez seja hora de um técnico que feche a casinha.
Dentro sua realidade do futebol praticado no Brasil, sim, afinal, não há resultados. Mas me causa espécie ver a sádica satisfação de quem parece se deliciar com seu fracasso e não reage da mesma forma quando o degolado é um desses treinadores retranqueiros, que rejeitam a bola, que montam seus times de maneira covarde até.
Jornalista não deve pedir demissão de treinador, mas não deve se furtar a uma análise sobre permanência ou não. E uma pergunta se impõe. O atual treinador conseguirá fazer o time render em pouco tempo? A curto prazo, será possível ver os objetivos serem cumpridos? No caso de Diniz, o objetivo é não cair. Não vejo perspectivas de sucesso. (LEIA MAIS)
A demissão foi justa, mas é injusto colocar toda a culpa pelos maus resultados do Fluminense no estilo ofensivo do treinador. O Flu sofre um longo e doloroso processo de enfraquecimento. O resultado é um elenco que já entrou no Brasileirão longe da briga pelo título e perto da guerra contra a degola. Há jogadores que não rendem e prejudicam o coletivo. Ou seja, a ineficiência não é só de Diniz. Porém, de fato, sua permanência era insustentável já que ele não conseguia melhorar o rendimento do time.
No cenário do futebol brasileiro, parece justa. Mas não é. Não é justa com o Fluminense.
Trocar um treinador em 18º lugar, quarto colocado no Campeonato Carioca, parece o óbvio.
Mas pense no Fluminense, que perde jogadores com incrível velocidade. Fernando Diniz tinha Everaldo. Fez gol pelo Corinthians no sábado. Tinha Luciano. Deu passe para gol pelo Grêmio, nesta rodada. O Fluminense tinha Ibañez. Está na seleção olímpica. Tinha Wellington Silva. Fez gol pelo Internacional contra o Fortaleza. Tinha Scarpa. É o goleador do Palmeiras na temporada. Então a cura do Fluminense não é a troca de técnico. (LEIA MAIS)
Considerando a lógica do futebol brasileiro, estritamente voltada para resultado, da até para dizer que a demissão de Diniz foi justa por ele não ter apresentado os resultados esperados. O aproveitamento dele é de 49%, mas olhando a situação do clube no Brasileiro, da para entender que o Fluminense vive uma situação de alerta, e que, nos pontos corridos, o treinador não consegue apresentar o mesmo sucesso que ele tem na Sul-Americana, por exemplo.
Mas a dúvida que fica é se esse era o momento para a demissão de Diniz, considerando que o Fluminense tem mata-mata da Sul-Americana nesta semana contra o Corinthians. Algum técnico vai, em quatro dias, fazer milagre pra conseguir os resultados que a diretoria tanto quer? E o tanto que o Diniz conseguiu com um time tão limitado, perdendo pelo menos seis jogadores titulares do início do ano pra cá - negociados pela diretoria? Por todas as dificuldades financeiras que o Fluminense vive, o clube tem flertado com o rebaixamento há bastante tempo. No ano passado, escapou na última rodada. Com um time jogando um futebol medíocre. Neste ano, o Diniz fez jogadores limitadíssimos serem artilheiros - ou alguém acha que o Luciano era craque? Acho que, considerando o elenco que o Flu tem, e as perdas que sofreu ao longo da temporada, da para ver um time jogando muito melhor do que se poderia esperar. Claro que o resultado pesa, mas acho que demitir Diniz antes do jogo contra o Corinthians pela Sul-Americana não é a decisão mais sensata.
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