Após virar líder, Santos intensifica trocas e vive pane na defesa
A liderança cada vez mais ameaçada do Santos no Campeonato Brasileiro é marcada por um sistema defensivo que muda sem parar. Jorge Sampaoli tem mudado intensamente a sua zaga: o técnico escalou uma linha de três ontem, na derrota para o Cruzeiro, promoveu a reestreia de Pará com a camisa do Peixe aos 8 minutos do jogo e o tirou da equipe no intervalo para lançar a campo o zagueiro Luiz Felipe.
Desde que assumiu a liderança do Brasileirão, em 28 de julho, o Santos disputou três partidas. E tomou gol nas três: vitória por 6 a 1 sobre o Goiás e derrota por 3 a 2 para o São Paulo antes do revés de ontem. O Peixe registrou neste período 43% de todos os seus gols sofridos ao longo das 15 rodadas do campeonato.
A pane coincide não apenas com o período de liderança como também com as diversas alterações na escalação dos jogadores de defesa. Em relação ao jogo no qual virou líder, a vitória por 3 a 1 sobre o Avaí, o Santos entrou em campo contra o Goiás, uma semana depois, sem Felipe Aguilar, sacado para a entrada de Victor Ferraz.
Para a partida seguinte, houve inversão: Aguilar entrou na escalação no lugar de Victor Ferraz, cometeu erros individuais e saiu do Morumbi como um dos vilões da derrota para o São Paulo.
Por fim, no mais recente tropeço do líder do Brasileirão, o destaque ficou por conta de um forte resfriado que tirou Ferraz da partida. Sem Aguilar, suspenso, Sampaoli lançou mão de um esquema com três zagueiros, no qual o lateral-esquerdo Jorge foi escalado improvisado como beque ao lado de Lucas Veríssimo e Gustavo Henrique.
Este último, porém, foi expulso logo aos 3 minutos no Mineirão. Contrariando aqueles que imaginariam a entrada de um zagueiro como resposta à deficiência numérica da defesa, Sampaoli trocou Evandro pelo lateral-direito Pará - na tentativa de equilíbrio entre remendar o sistema defensivo sem perder força ofensiva.
A medida ousada não surtiu efeito, e Sampaoli mexeu mais uma vez na defesa, trocando justamente Pará por Luiz Felipe. No fim das contas, Rogério Ceni aplicou um xeque-mate no treinador argentino, que pela primeira vez em quase três meses viu o ataque de sua equipe passar em branco no Brasileirão.
Sobre o ataque santista, cabe ainda uma observação: na contramão das intensas alterações da defesa, o setor ofensivo segue o mesmo desde que o Santos assumiu a liderança, comandado pelo trio Soteldo, Derlis González e Eduardo Sasha.
Disputando apenas o Brasileirão neste segundo semestre, o Santos volta a campo domingo que vem, na Vila Belmiro, contra o Fortaleza. Certamente haverá nova alteração na defesa, já que Gustavo Henrique, expulso, terá de cumprir suspensão.
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