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Oswaldo substitui "pupilo" Diniz e reencontra um pouco do Flu dos anos 2000

Oswaldo de Oliveira é o novo técnico do Fluminense - Reprodução
Oswaldo de Oliveira é o novo técnico do Fluminense Imagem: Reprodução

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/08/2019 04h00

O Fluminense viverá situação no mínimo curiosa com o novo treinador, Oswaldo de Oliveira. O técnico conhece bem vários dos personagens do clube, como o vice geral Celso Barros, que já era dirigente em 2001 e 2006, suas duas outras passagens pelo Tricolor. O auxiliar técnico Marcão foi seu atleta nas Laranjeiras. E seu antecessor, Fernando Diniz, é seu "pupilo" desde a época de jogador.

Quando chegou ao clube pela primeira vez, em 2001, Oswaldo vivia seu auge. Além do início vitorioso de carreira no Corinthians, que culminou com o título do Mundial de Clubes de 2000, fez ótimo trabalho no Vasco, interrompido por uma divergência com o então vice de futebol Eurico Miranda, ainda que o rival do Tricolor estivesse nas finais da Copa João Havelange e da Mercosul (o Cruzmaltino acabaria campeão das duas competições). Após chegar ao Flu em 2000, Fernando Diniz era reserva. E com Oswaldo, virou peça importantíssima em Laranjeiras.

Diniz já havia sido atleta de Oswaldo no Corinthians. Em 2001, fizeram ótima campanha com o Fluminense, que só parou nas semifinais do Campeonato Brasileiro, contra o Athletico, que seria campeão. E com requintes de crueldade: o gol da vitória paranaense na Arena da Baixada aconteceu aos 44 do segundo tempo. Embalado, o Tricolor era o favorito ao título.

A parceria se repetiria também no Flamengo, em 2003, quando Fernando Diniz recebeu Oswaldo de Oliveira no arquirrival do Fluminense. O então meia tinha sido trocado pelo atacante Lopes "Tigrão" meses antes. Por lá, a dupla não teve grande sucesso em um ano conturbado para o Rubro-Negro. Em 2005, o último reencontro. Técnico do Santos, Oswaldo pediu a contratação do "pupilo" e foi atendido. Mas novamente, a dupla fracassou. Já veterano, Fernando Diniz jogou apenas quatro jogos, e o técnico comandou o Alvinegro em apenas 16 partidas.

No ano seguinte, Oswaldo voltaria ao Fluminense. E a passagem estava indo bem: a equipe chegou a liderar o Campeonato Brasileiro e foi às semifinais da Copa do Brasil. Mas mesmo no quinto lugar, brigando pela Libertadores, o técnico foi demitido. O motivo? Um desentendimento com o então presidente da patrocinadora do clube, Celso Barros. Em sua saída, o treinador chegou a dizer que o atual vice geral do Tricolor "queria escalar o time". Celso, à época, foi contra a barração do meia Petkovic.

Desta vez, 13 anos depois, o dirigente foi o principal entusiasta da contratação. Amigo de longa data do técnico, Paulo Angioni também referendou a indicação. O presidente Mario Bittencourt, que preferia um treinador experiente, foi convencido e gostou da conversa na reunião que selou a contratação.

Em seu retorno, o técnico viverá certa dose de nostalgia da melhor época de sua carreira, ainda nos anos 2000. Em 18º lugar no Campeonato Brasileiro com apenas 12 pontos em 15 rodadas, o Fluminense certamente precisará do Oswaldo de Oliveira de seus melhores tempos para reverter a situação.

O primeiro desafio, entretanto, é contra o Corinthians, no jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. Oswaldo viajará com o elenco tricolor para São Paulo. No gramado, entretanto, quem comandará o time é Marcão, outro de seus velhos conhecidos.

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