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MP do Trabalho pede bloqueio de quase R$ 10 milhões do Figueirense

Jogadores do Figueirense não sobem a campo para o jogo contra o Cuiabá - Reprodução
Jogadores do Figueirense não sobem a campo para o jogo contra o Cuiabá
Imagem: Reprodução

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/08/2019 18h04

O Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPT-SC) pediu o bloqueio do mínimo de R$ 9.645.000,00, divididos entre as contas dos 12 réus presentes no processo em relação aos atrasos nos vencimentos de jogadores e funcionários do Figueirense. A decisão, que visa assegurar os pagamentos, foi publicada pela CBN e recebida pelo UOL Esporte na tarde de hoje (23).

Segundo o órgão, a decisão visa "buscar a responsabilização trabalhista e a salvaguarda imediata de patrimônio de todos os responsáveis pelo Clube, a fim de assegurar o pagamento das parcelas salariais vencidas e por vencer a todos seus empregados". Doze pessoas (físicas e jurídicas) estão com o pedido das contas bloqueadas pelo Ministério do Trabalho.

Entre os réus estão o Figueirense, a Elephant (empresa responsável por administrar o futebol do clube desde 2017) e o presidente Claudio Honigman. Além do elenco principal, sem pagamento desde julho e direitos de imagem desde maio, jogadores da base e funcionários também possuem os vencimentos atrasados.

Em sua liminar, o MPT exige o pagamento dos salários dos contratos em curso, posteriormente os vencidos e, por fim, o acerto com as verbas rescisórias de quem se desligou ou processou o clube.

Depois do W.O. ocorrido na terça, quando os jogadores se recusaram a jogar contra o Cuiabá, os atletas interromperam a greve na noite de ontem (22) e retornaram hoje às atividades.

A princípio, o Figueirense vai entrar em campo amanhã (24) para encarar o CRB, no Orlando Scarpelli, pela Série B do Brasileirão. Nova possibilidade de W.O. foi descartada para este fim de semana, embora os atletas mantenham a posição firme e estudam nova greve, caso as exigências não sejam cumpridas.