Borja e Luan vão de "Reis da América" a reservas em Palmeiras x Grêmio
Quando entrarem em campo amanhã para decidirem uma vaga nas semifinais da Copa Libertadores, tanto Palmeiras quanto Grêmio terão no banco jogadores que há alguns anos seriam titulares incontestáveis, com status de estrela na competição. Poucos anos depois de serem destaques em títulos continentais e eleitos os "Reis da América" em 2016 e 2017, Borja e Luan amargam hoje a condição de reservas em seus clubes.
O desempenho espetacular de Borja na reta final da Libertadores 2016, quando foi decisivo nas semifinais e finais na campanha do título do Atlético Nacional, foi o grande motivo para o Palmeiras, com aporte da Crefisa, desembolsar US$ 10 milhões (cerca de R$ 33 milhões à época) por 70% dos direitos do centroavante. Eleito o "Rei da América" daquele ano na tradicional premiação do jornal uruguaio El País, o camisa 9 chegou ao Verdão com o cartaz de estrela do futebol sul-americano.
A realidade, porém, não foi bem assim. Borja teve uma primeira temporada decepcionante em 2017, com adaptação difícil, atuações ruins e apenas dez gols. No ano passado, melhorou sob o comando de Roger Machado, mas caiu novamente quando Luiz Felipe Scolari assumiu e passou a dar preferência a Deyverson como titular. Ainda assim, o colombiano fechou 2018 como o artilheiro do time, com 20 gols.
A atual temporada começou desastrosa para Borja, e o Palmeiras tentou negociá-lo várias vezes durante o ano. Mas o atacante, de olho no sonho de jogar a Copa América pela Colômbia, não achou as ofertas que chegaram atraentes e resolveu ficar. Com isso, o Verdão precisa pagar mais US$ 3 milhões (pouco mais de R$ 12 milhões) ao Atlético Nacional - como não vendeu o jogador até 17 de agosto, fica contratualmente obrigado a comprar os 30% que ainda pertenciam aos colombianos.
Borja teve uma recente "ressurreição" na temporada ao marcar nos dois jogos contra o Godoy Cruz pelas quartas de final da Libertadores, mas a recente contratação de Luiz Adriano devolveu o camisa 9 ao banco de reservas. Hoje, o novo reforço é o preferido de Felipão e deve ser o titular para a decisão contra o Grêmio amanhã, às 21h30, no Pacaembu.
Luan perto do adeus
Tão ruim quanto um reforço caro ir ladeira abaixo é ver o principal jogador do clube, exemplo da captação e formação, trocar o protagonismo pela reserva inconteste. É esse o filme recente da carreira de Luan, expoente do Grêmio durante três temporadas e agora suplente convicto.
Contratado em 2013, Luan apareceu no ano seguinte entre os profissionais e se tornou pedra angular do estilo de jogo gremista em 2015. A escalada do clube seguiu correndo ao lado da evolução do meia-atacante, que chegou a mudar a cara da seleção olímpica rumo à inédita medalha de ouro nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Culminou com o título da Libertadores e prêmio de "Rei da América" na temporada seguinte.
Autor de 75 gols pelo Grêmio, Luan entrou em um inverno longo ainda em 2018. Terminou o ano mais cedo por conta de inflamação na sola do pé, mas antes disso já dava sinais de outros problemas - como força, intensidade e outros atributos físicos que fizeram despencar a taxa de participação do meia-atacante.
O status de titular incontestável, centro do ataque recheado de mobilidade e envolvente, sumiu em abril. O Grêmio e a comissão técnica chegaram ao limite da paciência e resolveram afastar Luan para trabalhos físicos. Desde então, ele oscila entre destaque por lances pontuais, gols específicos e, por fim, uma atuação como antigamente.
A queda de Luan é tão brutal que o Grêmio tem conversa em andamento com o Atalanta, da Itália, para negociar o jogador. A ideia, segundo apurou UOL Esporte, o clube gaúcho espera fechar transação em 10 milhões de euros para liberar o camisa 7.
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