Andrezinho foi cria do Fla e virou ídolo no Inter por gol contra ex-clube
Cria nas divisões de base do Flamengo, o ex-jogador Andrezinho foi promovido aos profissionais em um momento conturbado do clube. Mesmo sem o suporte necessário, levantou os títulos do Carioca de 2001 e 2004 pelo time. Em meio a um Rubro-negro mergulhado em uma crise política e financeira, trocou a Gávea pelo Pohang Steelers, da Coreia do Sul, naquela que seria sua última escala antes de se tornar ídolo.
Na Ásia, passou quatro anos, ganhou o título nacional de 2007 e o troféu de melhor jogador daquele ano. Disposto a brilhar em seu país, aceitou um convite do Internacional, clube que tinha um time forte com nomes como Fernandão, Nilmar, Índio e Alex.
Coadjuvante entre tantos ídolos da arquibancada, o ex-meia firmou seu nome entre os grandes daquela geração na noite de 20 de maio de 2009. E justamente contra o ex-clube. Aos 43 minutos do 2º tempo, bateu uma falta no ângulo do goleiro Bruno, garantindo a vitória por 2 a 1 e a classificação para a semifinal da Copa do Brasil, após um empate sem gols no Maracanã.
Exatos dez anos depois, rubro-negros e colorados voltam a se enfrentar em um mata-mata decisivo, hoje, às 21h30, no Beira-Rio, pela Libertadores. Atualmente aposentado, Andrezinho não tem dúvida ao afirmar que aquela foi a noite mais feliz em toda a sua carreira, que ainda incluiu passagens por Vasco e Botafogo aqui no Brasil.
"Sem dúvida, foi o momento mais feliz da minha carreira. Existe o Andrezinho jogador antes daquele gol e depois daquele gol. Ali mesmo, após aquele gol, eu puder ver e sentir, realmente, o significado da palavra ídolo. Na hora do lance, virei para o D'Alessandro e falei: 'deixa eu bater que vou fazer o gol'. Não tem como dizer que foi outro clube mais marcante na minha carreira que não o Inter", relembrou ele ao UOL Esporte.
Aquela falta credenciou o Colorado a disputar [e vencer] a semifinal contra o Coritiba. Na decisão, o time foi superado por um Corinthians liderado por Ronaldo. Apesar deste tropeço, o caminho de títulos no Sul estava aberto para Andrezinho, que venceu nada menos que três Gaúchos, uma Sul-Americana, uma Libertadores e uma Recopa com a camisa vermelha.
Direto do túnel do tempo, Andrezinho imagina que o ambiente nesta noite será similar àquele de 2009. As lembranças ainda estão vivas na cabeça do ex-Inter, que lembra o sufoco que foi para chegar da concentração para o estádio:
"Naquela noite, o Beira-Rio e Porto Alegre ficaram vermelhos. Lembro que o trajeto do hotel até o estádio, que durava algo em torno de 15 ou 20 minutos, demorou uma hora e meia. Foi uma festa muito bonita".
A torcida da casa promete dificultar a vida dos visitantes hoje, mas o clube proibiu que seja realizada a "Rua de Fogo", corredor com artefatos pirotécnicos feito para receber o ônibus da delegação no estádio. Com ou sem o efeito visual, o ex-jogador prevê missão das mais complicadas na noite de hoje. Com seu passado de jogador ofensivo, destacou a força de ataque rubro-negra, mas disse apostar em vitória dos gaúchos, que têm de reverter derrota por 2 a 0 sofrida no jogo de ida.
Para manter o clima de suspense lá em cima, projetou uma possível classificação, mas com direito a sofrimento e drama, assim como no dia em que virou herói. Se sua previsão se concretizar, os goleiros Marcelo Lomba e Diego Alves disputarão, nas cobranças de pênaltis, quem volta para a casa como o "Andrezinho" do duelo :
"Pela força do Internacional, por ser no Beira-Rio, acredito que o Inter vença, mas acho que não pelo placar acima de 2 a 0".
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL X FLAMENGO
Data e hora: 28/08/2019 (quarta-feira), às 21h30 (Brasília)
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Patrício Loustou (ARG)
Auxiliares: Juan Pablo Belatti (ARG) e Gabriel Chade (ARG)
Árbitro de vídeo: Fernando Rapallini (ARG)
INTERNACIONAL
Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenílson, Patrick, D'Alessandro e Rafael Sobis; Paolo Guerrero.
Técnico: Odair Hellmann
FLAMENGO:
Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Cuéllar (Piris da Motta), Gerson, Éverton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol
Técnico: Jorge Jesus
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.