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Felipão muda postura em nova queda e sobe o tom em cobrança a jogadores

Felipão lamentou erros dos jogadores na eliminação do Palmeiras diante do Grêmio - Marcello Zambrana/AGIF
Felipão lamentou erros dos jogadores na eliminação do Palmeiras diante do Grêmio Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Bruno Grossi e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

28/08/2019 12h00

A postura do técnico Luiz Felipe Scolari na queda do Palmeiras da Libertadores, ontem, com derrota por 2 a 1 para o Grêmio no Pacaembu, contrastou com a adotada pelo treinador em outras eliminações - especialmente a anterior, para o Internacional, na Copa do Brasil. Se naquela ocasião o treinador preferiu blindar o elenco e minimizar o impacto do resultado negativo, desta vez ele expôs mais os jogadores e subiu o tom nas cobranças públicas.

Apesar de não ter descartado totalmente o lado "paizão" que costuma adotar, Felipão deixou claro que ficou irritado com o que considerou erros cometidos por seus comandados. Em várias vezes em sua entrevista coletiva, o técnico afirmou que o Palmeiras havia treinado e se preparado para situações como as que geraram os gols do Grêmio, mas que os planos não foram bem executados. Em um intervalo de apenas quatro minutos, os gaúchos marcaram em lance de bola parada e depois com Alisson aproveitando rebote de grande jogada individual de Everton.

"Pagamos caro por erros que cometemos e que sabíamos, estudamos o adversário, tínhamos a consciência de que algumas situações eram aquelas desenhadas. Mas por alguma razão não estávamos no lugar certo", disse Felipão.

Em outra resposta, o técnico afirmou: "Meu sentimento é de tristeza. Eu poderia estar alegre, mas trabalho com pessoas e tenho que aceitar que, algumas vezes, como eu cometo erros, outros também cometem".

Mesmo após tomar a virada, o Palmeiras encerrou o primeiro tempo pressionando o Grêmio (clique aqui e assista aos melhores momentos da partida). As principais jogadas saíam pela direita, com Dudu levando a melhor para cima de Cortez e contando com o apoio próximo de Marcos Rocha e Gustavo Scarpa pelo setor. No intervalo, Felipão mudou a configuração da equipe, colocando Deyverson no lugar de Willian. Luiz Adriano foi para a direita, Dudu ficou centralizado, e Scarpa foi para a ponta esquerda.

O treinador admitiu que as mudanças pioraram o time, mas chamou atenção para o nervosismo dos jogadores no segundo tempo. Além disso, reconheceu a má atuação de Deyverson e afirmou que o atleta não conseguiu desempenhar o que ele havia planejado.

"Idealizamos uma situação em que o Deyverson entraria e se colocaria um pouco mais à frente, para dificultar os dois zagueiros e ter uma bola aérea melhor. Mas não conseguimos criar algumas coisas. Quando criamos oportunidades, o Deyverson tinha saído um pouco para trabalhar a bola e não estava presente nos cruzamentos, que foram razoáveis", avaliou Felipão.

O treinador ainda lamentou a falta de espírito "copeiro" do elenco e disse que o grupo palmeirense precisa aprender com times como Boca Juniors, River Plate e o próprio Grêmio a jogar competições de mata-mata. Ele afirmou que é um trabalho em que todos precisam caminhar juntos, mas que depende da boa vontade dos atletas. "Trabalho mental, dentro do campo, claro que se consegue. Eu consigo, desde que tu queiras me ajudar".

Por fim, Felipão ainda indicou que mudanças no elenco podem ocorrer a partir de conversas com a diretoria após a eliminação. Agora com apenas o Campeonato Brasileiro em disputa na temporada, o Palmeiras volta a campo no próximo domingo (1), contra o Flamengo, no Maracanã.

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