Urso vê erros e cita "jogo da vida" corintiano para evitar destino de rival
O Corinthians é o único paulista da elite que ainda está vivo em outra competição além do Campeonato Brasileiro nesta temporada. Ontem, o rival Palmeiras foi eliminado pelo Grêmio nas quartas de final da Copa Libertadores. Para o experiente volante Júnior Urso, isso aumenta os holofotes diante do time alvinegro, que visita o Fluminense amanhã, pela Copa Sul-Americana, e cria certa pressão.
"Claro que a gente viu o jogo [entre Palmeiras e Grêmio] obviamente, e acompanhamos redes sociais. Você vê que o torcedor corintiano ficou feliz, eufórico, mas nós também temos uma grande decisão, não podemos deixar que a brincadeira tome nosso coração. É trabalhar forte para não passar pela mesma situação que nosso adversário está passando. Temos que nos conter e trabalhar pensando no nosso jogo, que é muito mais importante do que a eliminação do adversário", contou Urso.
"É normal, os torcedores adversários sempre acompanham o Corinthians. Podem até negar, mas torcem para que não se dê bem. Por isso tem audiência superior aos demais. Mas para nós é continuar focado, que nada de fora nos atinja."
Corinthians e Fluminense empataram em 0 a 0 pela ida das quartas de final, em São Paulo. Foi uma partida morna, sem grandes lances de emoção. Agora, o desafio é no Maracanã, amanhã, às 21h30, com provável recorde de público da equipe carioca.
"Para mim é a partida mais importante depois da final do Campeonato Paulista, o caminho mais curto para mais um título importante da história do clube. Devagar, mas estamos chegando. Algo que desejamos muito, um troféu que falta na galeria vitoroisa do Corinthians. Jogo importante, é o jogo da vida, como a torcida diz. Um erro pode fazer diferença para nós e para eles. É estar atentos para caso eles falharem a gente possa trazer essa classificação", diz o volante.
Quem passar entre Fluminense e Corinthians enfrenta o Independiente del Valle, do Equador, nas semifinais. Do outro lado estão Atlético-MG e Colón, da Argentina.
VEJA OUTRAS RESPOSTAS DE JÚNIOR URSO EM COLETIVA HOJE:
Mais importante atacar ou defender?
"Nossa intenção é atacar, mas necessita um pouco dos dois, por isso que eu estou aqui [na entrevista coletiva]. É importante que aa gente faça um jogo inteligente no Rio de Janeiro. O Fluminense se mostrou uma equipe que troca muito passe no ataque e na defesa, é característica ainda do Diniz. Se o Corinthians vier trabalhando forte como vem temos grandes chances de sair com um bom resultado, com todo respeito ao Fluminense. Quem pensa em ser campeão precisa sempre ter intenção de vencer."
Estratégia para o mata-mata
"Antes daquele jogo contra o Fluminense eles devem ter nos estudado, porque acumularam jogadores pela direita. Mas temos o lado esquerdo também, tem Clayson, Avelar, Vital ou seja quem for. Também é muito forte, trabalha as mesmas jogadas pela direita. Se o lado direito for inibido temos o esquerdo para surpreender, pelo meio também. É um joog de inteligência, de tentar fugir da marcação que é diferente, com acúmulo de jogadores nos setores, tentar surpreender com chute de longa distância para fugir da alçada que eles marcam."
Ideia de jogo para a volta
"Na primeira partida contra o Fluminense mudar nossa cabeça acabou deixando a gente mais eufórico no primeiro jogo, mais agressivos, aquela garra a mais do que o necessário. Era um jogo para ser um pouco mais pensado, usar a qualidade individual e ficou mais no contato. Não é muito a ideia que tínhamos. Tem que fazer diferente. Ter garra e conciliar com jogar, é o que temos mostrado depois da Copa América. O jogar do Corinthians é mais importante do que contato ou algo que fizemos no primeiro jogo."
Elenco do Corinthians é cascudo?
"Temos jogadores no Corinthians que passaram por várias situações, histórias diferentes de glória e pressão. Somos cascudos o suficiente para isso. Eu cheguei agora, mas tenho total noção do que é o Corinthians. Time grande é assim, o Corinthians quando as coisas estão boas são muito boas, quando está mau é tudo muito ruim. Sabemos que temos que ser homens, responsáveis e correr até o fim lá, contra o Fluminense. Claro que todos querem vencer, mas a torcida espera que a gente se doe ao máximo. Não podemos fazer diferente."
Pedrinho como dúvida
"Nosso lado direito funciona bem realmente. Ele [Pedrinho] tem feito testes, treinado, senti que está legal, mas ele fez mais tratamento, situações para melhorar. Espero que ele esteja apto, porque é peça importante para a gente, de repente é nosso desequilíbrio. Espero que esteja bem, é um cara que trabalha muito, muito talentoso. Menino diferente. Eu sinceramente espero que ele conquiste o mundo. Mas a partir de dezembro, que nos ajude esse ano a gente chegar onde pode chegar."
Problemas nos últimos jogos
"De certo modo eu concordo. Falando do Avaí ficamos com sentimento de tristeza pelo que aconteceu na partida. Não foi uma grande partida, mas não foi de todo ruim. Teve expulsão, corremos atrás para buscar resultado e conseguimos. Mas se tratando de Corinthians brigando na frente contra o lanterna que não venceu obviamente ficamos devendo, devíamos voltar com três pontos, e pelo desenhar da partida não foi possível. Fluminense é estilo de jogo que não tínhamos enfrentado, Nenê vinha flutuar no meio fazendo acúmulo de jogadores, sem centroavante. O Carille nos passou que era possível, mas esse excesso de vontade atrapalhou, perdemos tempo tentando ser forte na marcação, mas foi corrida boba, faltou energia para atacar. Respirar um pouco, ver o que acontece. Segunda partida é de inteligência, não podemos dar espaço a esse tipo de erro. Que a gente os surpreenda, não o contrário."
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