Botafogo joga bem, mas reafirma dependência das bolas aéreas para marcar
A derrota por 3 a 2 do Botafogo para o Internacional evidenciou a repetição de antigos problemas e deixou ainda mais clara a necessidade que o time de Eduardo Barroca tem para variar o seu repertório. Apesar de ter jogado bem, o enredo permanece o mesmo: depende muito da bola parada para fazer gols.
A equipe troca bem a bola, gira, muda de direção, mas segue com pouca objetividade na hora de realmente agredir o adversário. No Beira-Rio, o time se valeu (mais uma vez) da bola parada, arma mais letal do Alvinegro no Brasileiro. A cabeçada certeira de Diego Souza resultou no sétimo gol nascido em jogadas do tipo. Ao todo, o time marcou 16 vezes no Brasileirão, quinta pior marca da Série A.
Barroca exaltou o desempenho do Bota no Sul, mas reconheceu que há a necessidade de ser mais efetivo na hora de concluir as jogadas:
"O time buscou até o fim, teve um crescimento de produção, finalizou 17 vezes, mas não foi o suficiente para a gente vencer o jogo. Erramos. Quando você erra contra uma equipe da qualidade do Internacional, você paga o preço".
A melhora na segunda etapa - quando o Botafogo teve mudanças táticas - fez a equipe criar mais. Com mais apoio ao jogo de troca de passes, a equipe "camuflou" melhor sua falta de profundidade, explicada pelo baixo rendimento dos pontas. O clube ainda perdeu Erik, o melhor deles, negociado com o futebol japonês.
Após o tropeço em Porto Alegre, que significou o terceiro jogo seguido sem vitória no Campeonato Brasileiro, a equipe tem uma semana livre de treinos até o próximo compromisso. No próximo domingo (8), o Botafogo recebe a visita do Atlético-MG, às 16h, no Nilton Santos.
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