Em primeira eliminação no Cruzeiro, Ceni tem decisões contestadas
Depois de três compromissos pelo Campeonato Brasileiro, Rogério Ceni fez apenas um jogo pelo Cruzeiro na Copa do Brasil e acabou eliminado do torneio. Na noite de ontem, o treinador viu sua equipe ser derrotada por 3 a 0 para o Internacional no Beira-Rio, na partida de volta da semifinal da competição. Com o revés, o técnico passa a conviver com os primeiros questionamentos sobre algumas de suas decisões.
A primeira surpresa de Ceni para a semifinal aconteceu horas antes da partida. O técnico fez alterações na equipe titular que, após o jogo, foram contestadas por Thiago Neves, um dos líderes do elenco. A primeira delas foi improvisar o volante Jadson na lateral direita mesmo com Edilson à disposição. Segundo o comandante, uma declaração do defensor foi determinante para a tomada de decisão.
"Na minha cabeça, o Edilson jogaria. Na declaração que eu vi que ele deu, ele disse que gostaria de ter mais minutos, que não se sentia extremamente pronto. Eu achei que era um jogo muito importante para correr esse risco", disse Rogério.
Outra improvisação que chamou atenção aconteceu após a saída de Dedé. O mais curioso é que o também zagueiro Leo chegou a conversar com Rogério e a tirar o colete na beira do gramado. Contudo, quando subiu a placa, o que se viu foi o número 5 de Ariel Cabral. Com a entrada do meio-campista, Ceni recuou Henrique para a função de zagueiro. Segundo o treinador, a intenção era de melhorar a saída de bola. Porém, o que se viu foi uma queda de produção ainda maior.
Por fim, a formação do setor ofensivo do Cruzeiro também não foi unanimidade. Mesmo após "recuperar" Fred e ver o atacante marcar dois gols após jejum de 16 jogos, Ceni preferiu manter o camisa 9 no banco. A aposta era deixar o time mais solto. Thiago Neves e Marquinhos Gabriel atuaram por dentro, enquanto Pedro Rocha e David atacavam pelos lados. Em campo, o time não teve sucesso nas tentativas de triangulações e pouco agrediu o Inter. No segundo tempo, ficou ainda mais evidente a falta de uma referência no ataque, seja na criação ou na conclusão de jogadas.
Agora, somente com o Brasileirão pela frente, Rogério terá que fazer algumas escolhas sobre a formação do time ideal. Por mais que o técnico tenha que revezar alguns jogadores por causa do desgaste físico, a expectativa é de vê-lo dar mais indícios de quem são seus onze jogadores ideais.
No momento, algumas vagas ainda estão indefinidas. A primeira é a lateral esquerda, com Egídio e Dodô disputando a titularidade. No meio, Robinho é o predileto do técnico para formar dupla de volantes com Henrique, mas já mostrou que pode encontrar dificuldades para jogar na posição. Na frente, a preferência por um time veloz já ficou clara, mas resta saber se o técnico vai continuar tentando deixar o time mais móvel ou se vai voltar a utilizar Fred mais preso dentro da área.
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