Neymar desequilibra para o Brasil mesmo sem ritmo e perseguido por vaias
Erguido por Daniel Alves, Neymar abriu os braços, olhou para as arquibancadas do Hard Rock Stadium e abriu largo e genuíno sorriso. Depois de três meses sem jogar uma partida sequer, o astro retornou aos gramados na noite de hoje (6) para relembrar o porquê de sempre terem apostado tanto em seu talento. Contra vaias e a falta de ritmo, ele foi o cara da seleção brasileira no amistoso contra a Colômbia.
Se o Brasil não perdeu pela terceira vez sob o comando de Tite, Neymar tem responsabilidade. Não foi brilhante, mas foi eficiente. Uma assistência no primeiro tempo e um gol no segundo, suficientes para buscar o empate por 2 a 2 em um duelo em que os colombianos apresentaram melhor futebol.
Essa foi a oitava partida de Neymar pela seleção no ciclo para a Copa do Mundo de 2022. O atacante ainda não deu espetáculo nesse período, mas sobrevive em alta com Tite justamente pela eficiência provada por seus quatro gols e sete assistências. Uma regularidade mantida mesmo diante de um cenário negativo como o de hoje.
A Colômbia jogou melhor e o marcador de Neymar, Stefan Medina, foi gigante nos desarmes. O brasileiro ainda sofria com falta de ritmo e um certo descompasso no revezamento de posição com Philippe Coutinho. Das arquibancadas, vinham as vaias dos colombianos a cada posse de bola do camisa 10. Quase tudo jogava contra.
O escanteio cobrado na medida para Casemiro foi a primeira dose de alívio. Os jogadores fizeram questão de exaltá-lo, mas os colombianos rapidamente viraram o jogo e baixaram a euforia sobre Neymar. Medina seguia impecável na marcação e o Brasil, pouco inspirado.
Na volta do intervalo, Neymar caiu mais vezes pelo meio e passou a deixar Medina vendido. Os espaços apareceram mais vezes, o atacante foi mais caçado e a torcida colombiana vaiou mais forte alegando simulações do brasileiro.
O gol de oportunismo logo no início do segundo tempo lavou a alma da estrela, que até então tinha arriscado poucas jogadas individuais. As arrancadas e dribles se tornaram mais naturais, bem como as viradas de jogo e lançamentos. Tite, próximo a ele na etapa final, parecia falar o tempo todo para incentivá-lo — ou acalmá-lo nos momentos mais tensos de discussões e entradas duras.
Enquanto o jogo baixava de ritmo nos minutos finais, muito pelo forte calor em Miami, Neymar continuava pilhado, acelerado. Se conseguia uma boa movimentação e não recebia a bola, se irritava. Nos acréscimos, ao defender Lucas Paquetá em uma briga com Wilmar Barrios, ainda trocou "mãozadas" no rosto com o colombiano.
Embora o empate por 2 a 2 seja frustrante para uma seleção que só tomou dois gols em um jogo pela segunda vez com Tite, ver esse princípio de retomada de Neymar é animador. O craque, quando pensa em ser craque em campo e para o time, consegue render como ninguém.
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