Herói de 92 integra comissão do Inter e passa experiência da Copa do Brasil
Ainda que não tenha feito o gol decisivo, a Copa do Brasil de 1992 remete a um nome na torcida do Inter: Caíco. O gol do ex-meia foi fundamental na conquista do único título do Colorado na competição. Hoje auxiliar técnico de Odair Hellmann, ele é experiente nos caminhos da conquista que pode ocorrer novamente 27 anos depois.
"Todas as equipes que são campeãs têm união, um trabalho muito forte, dedicação, isso faz com que os times se fortaleçam no campeonato e cheguem ao título. Aquele grupo tem muita semelhança com o grupo de hoje. Dedicação, companheirismo, empenho, no clube em geral, e isso faz com que o clube cresça mais", disse Caíco à TV Inter.
Não apenas em comandar treinamentos, dividir opiniões com Odair Hellmann, avaliar e organizar atividades ou acompanhar de perto o grupo de atletas, Caico tem sido fundamental neste momento.
"A experiência que ele viveu, nós estamos vivendo também. Ele trabalha conosco e é bom ter perto um campeão deste título tão importante. Não paramos ainda para conversar sobre isso, mas iremos falar com ele, sim. Temos grandes jogadores aqui, experientes, que passaram por isso e situações semelhantes. Vamos preparar os jogos da melhor maneira", disse o volante Edenilson.
Prestes a decidir a competição depois de 10 anos, o Inter não quer que nenhum fator externo interfira no campo, tanto no jogo de ida, na próxima quarta-feira, quanto na volta, que definirá o campeão, dia 18, no Beira-Rio.
"É muito especial este momento para mim. Participei da primeira, e agora dando minha contribuição com o pessoal da comissão, jogadores e diretoria, será fundamental para conquistarmos mais um título", completou Caíco.
Um golaço que pesou para o título
Caíco marcou um golaço. O Inter perdia por 1 a 0, gol de Wágner, e o meia entrou driblando ao menos três marcadores na área do Fluminense e deslocou o goleiro. Era início do segundo tempo, e depois o Flu fez outro com Ézio, definindo 2 a 1.
"Não lembro muito bem. Eu era criança, tinha três anos. Lembro mais de 2006. Agora, 1992 fica difícil, é muito tempo sem conquistar um título nacional, um clube do tamanho do Inter, que vive de títulos. Não lembro, mas quero lembrar bastante deste, que se Deus quiser virá", completou o volante.
E o gol do hoje auxiliar de Odair, ainda que o Inter tenha perdido, virou símbolo da conquista. No duelo de volta, Celio Silva, de pênalti, marcou o gol da vitória por 1 a 0. E a taça foi para o Beira-Rio graças ao saldo qualificado.
"A final nas Laranjeiras foi o que mais me marcou. Fiz um gol que valeu por dois. Voltamos para casa com ele e conseguimos o título", disse o ex-atleta. "Depois do jogo eu corri dentro do Beira-Rio, desnorteado, comemorando, estádio lotado, feliz da vida, todos eufóricos. Temos a possibilidade de reviver este momento e é o que eu mais quero fazer nessa Copa do Brasil", completou.
Nesta quarta-feira, Inter e Athletico Paranaense abrem a decisão. Desta vez não há saldo qualificado no regulamento. O primeiro jogo será em Curitiba, a volta no Beira-Rio. E os gaúchos esperam romper o jejum de 27 anos no torneio.
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