Com três de Luiz Adriano, Palmeiras bate Flu sem sustos e ameaça o Flamengo
Não precisou nem de muito esforço. Superior tecnicamente, o Palmeiras não tomou conhecimento do Fluminense no Allianz Parque e venceu por 3 a 0, com três gols do centroavante Luiz Adriano.
A vitória fez o Verdão, terceiro colocado com 36 pontos, voltar a ficar a três do líder Flamengo (confira a classificação atualizada do Campeonato Brasileiro). Já o Tricolor segue no 17º lugar, com 15 pontos, também a três de diferença do Cruzeiro, 16º e primeiro fora da zona de rebaixamento.
O jogo
A partida começou em ritmo alto. Com a bola, as duas equipes avançavam com troca de passes e movimentação intensa. Mas sem ela, o Flu era lento na recomposição e a conta chegou rápida. Na ultrapassagem de Diogo Barbosa que Wellington Nem não viu, o chute forte do lateral pegou em Muriel, na trave e em Luiz Adriano antes de balançar as redes aos oito minutos e colocar a balança do jogo para o lado do Palmeiras.
Até a marcação tricolor encaixar, o time da casa poderia ter aumentado a fatura com Scarpa, que parou em um milagre de Muriel, aos 32. Três minutos depois, o jovem João Pedro desperdiçou a melhor chance do Fluminense ao chutar para fora, sozinho, após passe genial de Ganso. Os erros se repetiam em profusão, mas com mais qualidade e eficiência, o Verdão foi para o vestiário em vantagem.
Melhor tecnicamente, o time de Mano Menezes teve ainda mais espaços na volta do intervalo, ao encontrar um Tricolor cansado e lento na recomposição. Com problemas crônicos de marcação, o Flu era um queijo suíço, e o Palmeiras aproveitava a ausência de um segundo volante no meio-campo, a improvisação de Caio Henrique na esquerda e a zaga mal posicionada para atacar por todos os lados. Mas pela direita, onde Dudu fez o que quis com o lateral tricolor, nasceram os gols de Luiz Adriano, sempre desmarcado na área seja por Digão ou Nino.
Luiz Adriano marca três gols e é o melhor em campo
Contratado para resolver o problema da posição de centroavante, Luiz Adriano fez seu primeiro jogo memorável com a camisa do Palmeiras. Além dos três gols de oportunismo -- aproveitando um rebote de chute de Diogo Barbosa e dois cruzamentos certeiros de Dudu e Marcos Rocha --, o camisa 10 participou bem da construção de jogadas e poderia até ter saído com uma assistência se Gustavo Scarpa não tivesse perdido uma chance cara a cara com Muriel.
Desorientado, Digão é o pior no Allianz Parque
Quando o centroavante marca três vezes sozinho na área fica bem claro que alguém cochilou no setor. E por mais que Nino tenha feito partida muito ruim, o pior em campo do Fluminense foi o capitão Digão. Perdido no posicionamento e mal até nas rebatidas, seu ponto forte, o zagueiro esteve desorientado em campo. Além de mais proteção do meio-campo de marcação frouxa, faltou qualidade técnica e concentração.
Fluminense erra muito e combate pouco
Chega a ser covardia a cobrança excessiva à Paulo Henrique Ganso (mais uma vez o maior ladrão de bolas do Flu) na marcação, já que a lenta recomposição é culpa muito mais dos pontas e de Airton, perdido como único volante. Avançado, Nenê pouco ajudou na marcação. Com a bola, o Tricolor mostrava repertório com as chegadas de Gilberto e Caio Henrique e boas trocas de passe. Nas costas de Felipe Melo e Bruno Henrique, Ganso distribuía bem o jogo. Faltou capricho ao finalizar as jogadas na primeira etapa.
O que era ruim no começo do jogo ficou ainda pior quando o Palmeiras se esforçou um pouco na construção de jogadas. No segundo tempo, com o Tricolor já cansado de fechar os próprios buracos, a equipe de Mano Menezes conseguiu trocar mais passes verticais e abusou das jogadas nas pontas, principalmente pela direita, onde o lateral do Flu, Caio Henrique, errava muito na marcação. Dali e em erros de posicionamento na marcação nasceram o segundo e o terceiro do Verdão, ambos com Luiz Adriano sozinho para finalizar na área.
Palmeiras é mais eficiente e mata o jogo sem sustos
O Palmeiras começou o jogo em ritmo muito forte e martelou a defesa do Flu até abrir o placar. Com marcação intensa e muita movimentação na frente, o time assustou em um chute de Scarpa e uma cabeçada de Luiz Adriano antes de conseguir balançar a rede: Diogo Barbosa infiltrou, recebeu lindo passe de Willian e chutou na trave, mas Luiz Adriano conferiu bem no rebote.
Depois do gol, porém, o Palmeiras piorou. A equipe passou a marcar de forma mais passiva, tentando fechar espaços no meio, mas sem sucesso: várias vezes, Ganso e Nenê receberam com liberdade nas costas dos volantes, para desespero de Mano Menezes. O ataque também perdeu em intensidade e viu o Flu encaixar a marcação. Alguns erros técnicos, principalmente de Scarpa, que perdeu um gol frente a frente com Muriel, também pesaram. Mas um contra-ataque bem encaixado no segundo tempo terminou com Dudu cruzando na medida para Luiz Adriano ampliar.
Organizada volta a protestar contra Mattos, mas resto da torcida não embarca
A principal torcida organizada do Palmeiras voltou a protestar contra o diretor de futebol Alexandre Mattos. Antes de a bola rolar, após gritos de incentivo ao time, os uniformizados gritaram: "Mattos, ladrão, fora do Verdão". O restante do estádio, porém, não embarcou no grito, e boa parte das arquibancadas chegou a vaiar o protesto.
Palmeiras 3 x 0 Fluminense
Data e hora: 10 de Setembro de 2019, às 21h (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Público e renda: 27.956 e R$1.557.517,40
Cartões amarelos: Airton e Wellington Nem (FLU)
Gols: Luiz Adriano, aos 8 minutos do primeiro tempo, aos 12 e 17 do segundo tempo
PALMEIRAS
Fernando Prass; Marcos Rocha, Luan, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique (Thiago Santos), Dudu, Gustavo Scarpa (Raphael Veiga) e Willian; Luiz Adriano (Borja). Técnico: Mano Menezes.
FLUMINENSE
Muriel; Gilberto, Nino, Digão e Caio Henrique; Airton (Yuri), Paulo Henrique Ganso (Dodi), Nenê, Wellington Nem (Marcos Paulo) e Yony González; João Pedro. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
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