Como Santos e Flamengo se "ajudaram" no acerto com Sampaoli e Jorge Jesus
Santos e Flamengo disputam neste sábado, às 17h, no Maracanã, o simbólico título do primeiro turno do Campeonato Brasileiro sob a batuta de dois treinadores estrangeiros: o argentino Jorge Sampaoli e o português Jorge Jesus. Os dois clubes acabaram, sem querer, se ajudando mutuamente nas contratações dos dois técnicos neste ano.
Após a saída de Cuca, o Peixe colocou como prioridade a contratação de Abel Braga para comandar o clube. No entanto, perdeu o treinador justamente para o Flamengo e, assim, garimpou o mercado atrás de outro nome. Acabou apostando no argentino.
Já o Flamengo não teve sucesso sob o comando de Abel e viu o Santos decolar com Jorge Sampaoli apresentando um futebol diferente. O sucesso do estrangeiro à frente do Peixe mostrou ao clube carioca que era possível um técnico de fora ter sucesso no país e encorajou a diretoria rubro-negra a também fazer sua aposta no português Jorge Jesus.
Já o técnico Jorge Sampaoli foi notícia no Flamengo sem nunca ter treinado o clube. Na eleição presidencial de 2015, o então candidato Wallim Vasconcellos disse que estava acertado com o argentino, que negou veementemente que o acordo existisse.W allim perdeu o pleito, Sampaoli nunca assinou com o Fla, e Abel foi o primeiro escolhido pela atual administração, no primeiro ato de Rodolfo Landim, em dezembro.
O trabalho do técnico rapidamente se desgastou devido a um desempenho irregular da equipe. A cúpula rubro-negra se sentiu impelida a se mexer e iniciou os contatos preliminares com os representantes do luso quando o antigo técnico ainda estava no cargo. As conversas foram o estopim para o rompimento. Com o posto desocupado, o presidente Landim viajou até Madri e sacramentou o acerto.
Passados pouco mais de três meses de sua chegada, o rubro-negro e o santista lideram não só a tabela do Brasileirão, mas são também os times que mais despertaram elogios até aqui na temporada, cada um ao seu modo. O Flamengo realizando o potencial de um time estrelado, e o Santos pelo rendimento surpreendente de um elenco pouco badalado.
"É interessante que venham treinadores estrangeiros. Se vierem para acrescentar, por que não? Mas o Brasil também tem uma boa escola de treinadores. Tem treinadores vitoriosos que foram campeões em tempos até mais difíceis", opinou o lateral Rafinha.
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