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Oswaldo precisa aprender com lições do Flu para reencontro com Corinthians

Oswaldo de Oliveira precisará corrigir erros do Fluminense para partida contra o Corinthians - Lucas Merçon/Fluminense FC
Oswaldo de Oliveira precisará corrigir erros do Fluminense para partida contra o Corinthians Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/09/2019 04h00

Os dois confrontos entre Fluminense e Corinthians nas quartas de final da Copa Sul-Americana trouxeram sentimentos diferentes à torcida. No primeiro, o empate sem gols com boa atuação da defesa deu esperança suficiente para que o Flu batesse recorde de público no novo Maracanã. A partida de volta, entretanto, terminou frustrante para os 57.700 tricolores que foram ao estádio e viram um time conservador na estreia de Oswaldo de Oliveira.

E para vencer nesta segunda vez que enfrentará o mesmo adversário desde que assumiu o Tricolor, no domingo, às 16h, no Mané Garrincha, o treinador precisará aprender com as lições dadas à equipe nos últimos jogos. Vale ressaltar que, no primeiro duelo entre os clubes pelo torneio continental, o Fluminense foi dirigido pelo interino Marcão.

"Temos deficiências que precisamos melhorar. Estamos tentando fazer isso", se resumiu a dizer Oswaldo após a derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, terça-feira (10), em São Paulo, em partida adiada pelo Brasileirão.

Se saiu da Arena Corinthians comemorando não ter sofrido gol no primeiro jogo da Sul-Americana, a defesa do Flu não repetiu a boa atuação nem a escalação, já que Frazan foi sacado para a volta de Digão e Igor Julião acabou barrado no jogo seguinte, a derrota para o Avaí. De lá para cá, o time de Oswaldo sofreu cinco gols em quatro jogos. Na única vez em que Muriel não precisou buscar bolas em sua rede, o Tricolor saiu com a vitória sobre o Fortaleza.

Nas laterais, mais problemas. A troca de Julião por Gilberto não surtiu efeito (o novo titular falhou no terceiro gol palmeirense) na direita. Já na outra ponta, a esquerda, o Flu segue improvisando Caio Henrique, enquanto Mascarenhas, em recuperação de cirurgia, não tem condições de jogo. A carência é sentida pelo treinador, que pediu reforços para a posição.

"Estou falando com a direção, estamos tentando. Temos de encontrar uma solução que seja ao alcance do clube. Buscamos uma alternativa diariamente", declarou Oswaldo.

O técnico já sabe que precisará fazer mudanças. Titulares nos últimos jogos, Airton e Wellington Nem estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Insistente em manter Nenê e Ganso na equipe, Oswaldo poderá optar por escalar dois volantes, algo que fez apenas por alguns minutos quando o Fluminense já perdia por 3 a 0 para o Palmeiras.

"Vou buscar no elenco alternativas. Tem o Allan, se voltar, para a vaga do Airton. Na [posição] do Wellington Nem, tem o Marcos Paulo. Vamos ver o que fazer durante os treinos, como vamos nos organizar", declarou, já ciente dos desfalques.

Mesmo com o resultado ruim, entretanto, o treinador pareceu convicto de atuar apenas com um homem de marcação, dois meias e três atacantes. E não vê o time exposto atuando dessa maneira.

"Eventualmente hoje ficou mais exposto, até por ação do adversário. Mas volto a dizer: no jogo passado funcionou. Criamos as melhores chances e vencemos. Criamos e não fomos efetivos para marcar o gol. Quero usar sempre quem estiver em melhores condições e produzir mais para a equipe", analisou após o tropeço na capital paulista.

Outro problema do Flu tem sido o ataque. Desde a chegada de Oswaldo de Oliveira, o Tricolor marcou apenas duas vezes em quatro jogos. O posicionamento de Ganso, agora mais recuado, passou a ser um problema: sem o camisa 10 próximo do gol, a equipe cria menos chances. Com o treinador, Marcos Paulo e Daniel deram lugar a Nenê e Wellington Nem. As mudanças, até agora, não surtiram efeito, já que o time continuou sofrendo muitos gols e agora agride menos o adversário.

Atual 17º colocado com 15 pontos, o Fluminense pode até sair da zona de rebaixamento caso bata o Corinthians, e o Cruzeiro perca seu jogo para o Palmeiras, no Allianz Parque. Mandante, o Tricolor vendeu o jogo para Brasília em operação para regularizar salários atrasados.

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