STJD acata pedido, trava resultado que deu acesso ao Náutico e abre análise
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) acatou hoje (13) parcialmente o pedido do Paysandu para que o resultado do jogo do último dia 8, contra o Náutico, em Recife, pela Série C, seja momentaneamente suspenso.
O clube paraense queria que o placar fosse completamente cancelado, devido ao questionamento de um lance do jogo que rendeu ao Náutico o empate por 2 a 2. Nos pênaltis, o time pernambucano se classificou e garantiu acesso à Série B. O presidente do STJD, no entanto, determinou apenas que o resultado não seja homologado pela CBF até que uma análise mais profunda sobre o caso termine.
"Recebo a presente impugnação e determino que se dê imediato conhecimento da instauração do processo ao Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, para que não homologue o resultado da partida", escreveu Paulo César Salomão Filho.
Ele ainda deu dois dias ao Náutico para se manifestar e mais dois dias para a Procuradoria do Tribunal se posicionar. Depois de as partes se manifestarem, o caso entrará para julgamento em sessão ainda sem data do STJD.
O Paysandu entrou com este pedido ao lado da Federação Paraense de Futebol (FPF) por conta de um polêmico pênalti marcado pelo árbitro Leandro Vuaden. A decisão dentro de campo favoreceu o Náutico aos 49 minutos do segundo tempo.
O juiz viu toque de mão de Uchôa após cabeceio de seu colega Caíque Oliveira. A cobrança foi convertida, levou o placar para 2 a 2 e resultou na decisão por pênaltis, na qual o Timbu levou a melhor e conquistou a vaga.
O clube paraense procurou o Tribunal sob alegação de que Leandro Vuaden cometeu "grave erro de direito ao marcar erroneamente um tiro penal".
Apesar de acatar parcialmente o pedido do Paysandu, Paulo César Salomão Filho não aceitou paralisar a disputa da fase final da Série C do Brasileirão - o Náutico joga a semifinal contra o Juventude depois de amanhã (15).
"(...) revela-se inegável que o dano reverso que decorreria imediatamente em consequência da medida vindicada, ou seja, da paralisação da fase final do Campeonato Nacional da Série C, revela-se demasiadamente acentuado, não somente para os clubes envolvidos, mas para todo o desporto, o que impede sua concessão", decidiu o presidente do STJD.
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