Carille diz ter arriscado e lamenta piora de comprometimento do Corinthians
O técnico Fábio Carille entende ter arriscado taticamente em busca de uma reação do Corinthians no jogo de hoje (15) que culminou na derrota de 1 a 0 para o Fluminense. Em entrevista coletiva concedida ainda no estádio Mané Garrincha, em Brasília, o treinador também sugeriu não ser sua obrigação cobrar motivação dos jogadores.
"Depois de uma sequência [de 14 jogos de invencibilidade], perdemos. Voltamos [para o segundo tempo] com atitude, aguerrido, não dá pra pedir motivação, técnico de time grande tem que se preocupar com parte tática. Arrisquei, e mesmo assim não sofremos perigo. Trazer o Vital e o Jadson para armar e ter passe mais qualificado, mas não deu para empatar", analisou o treinador corintiano, antes de também falar sobre o gramado esburacado do Mané Garrincha e da "queda de comprometimento" de sua equipe no jogo.
"O jogo fica ruim para os dois lados. O campo é ruim para os dois, eles têm Nenê, Ganso. A gente precisava de atitude e comprometimento melhor como no início do jogo, e tem que manter isso por mais tempo, 90, 95 minutos", afirmou o Carille.
O Corinthians até começou o jogo melhor e criando mais chances de gol, mas viu o Fluminense ganhar a posse de bola a partir da metade do primeiro tempo e, então, se aproximar da vitória com gol de Ganso. Aos 15 minutos do segundo tempo, Carille tirou o volante Júnior Urso para promover a entrada do meia Jadson. Dez minutos depois, o treinador sacou seu outro volante, Gabriel, e colocou em campo o centroavante Vagner Love.
Questionado sobre eventual prioridade do Corinthians à Copa Sul-Americana, por conta da escalação de nomes como Bruno Méndez e Janderson, ambos de 20 anos de idade, o treinador refutou a tese de estar deixando o Brasileirão de lado. O zagueiro Manoel sofreu ao longo da semana com desgaste físico e foi preservado neste domingo.
"A gente tem uma forma de jogar. Individualmente, queria parabenizar a partida do Janderson, que veio com personalidade, fez mais do que eu imaginava", comentou o treinador, que não tinha o titular da posição por suspensão (Clayson) e nem o reserva imediato por lesão (Everaldo).
"Pelo empenho do segundo tempo a gente mostra que não é [questão de] prioridade. Lutamos, tentamos o empate, não conseguimos. Manoel estava com dor na coxa. Até sexta só tinha [para a Sul-Americana] o Manoel, Gil e menino João, até a volta [de empréstimo] do Marllon. Manoel ele mesmo sabe que é melhor ficar fora, porque tava incomodando. Foi pensando nisso que poupou. Procurarmos saber umidade do ar, porque nosso adversário da Sul-Americana jogou quara, só jogará na quarta. Procuramos mesclar, a resposta foi boa, infelizmente saímos derrotados", explicou o treinador, sem deixar de se referir ao jogo contra o Independiente del Valle, do Equador, pelas semifinais da Copa Sul-Americana.
Sequência de falhas de Cássio não preocupa: "Tem credibilidade"
Pela segunda partida consecutiva, o goleiro Cássio falhou em lances cruciais que custaram pontos ao Timão no Brasileirão. Semana passada, o gol olímpico de Leandro Carvalho na Arena Corinthians fez uma vitória sobre o Ceará se tornar empate já no apagar das luzes. Neste domingo, o arqueiro errou na tentativa de encaixar a bola em seus braços após chute relativamente fraco de Paulo Henrique Ganso, que garantiu a vitória ao Fluminense.
"Erros acontecem, Cássio tem credibilidade, o que já fez, o que fará. No gol do Ceará, vamos falar da qualidade do cara, do jeito que ele fez, só vi o Roberto Carlos. E é algo que eu treino, pé aberto sair um pouco mais. Hoje foi falha, acontece, somos humanos, a gente erra, eles erram, tem toda credibilidade. Campo, nem pegou no chão, foi uma falha técnica. Acontece", analisou o treinador corinthiano.
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