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Arão supera fase de 'patinho feio' e faz Flamengo esquecer Cuéllar

Willian Arão comemora após marcar para o Flamengo contra o Grêmio - Reprodução/Flickr Flamengo
Willian Arão comemora após marcar para o Flamengo contra o Grêmio Imagem: Reprodução/Flickr Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

17/09/2019 12h00

A boa fase pela qual o Flamengo passa não tem espaço para saudade. Alguns dias depois da despedida de Cuéllar, então xodó da torcida, os rubro-negros "esqueceram" o volante e assistem o time caminhar com o ex-patinho feio Willian Arão, outrora criticado, que mudou de posição e patamar sob o comando de Jorge Jesus.

Na vitória sobre o Santos, no último sábado, no Maracanã, Arão teve uma atuação que agradou ao 'Mister'. O jogador foi o segundo em desarmes certos, com quatro - perdeu apenas para Filipe Luis, com cinco -, o terceiro em passes certos, com 34 e teve 3.83% de posse de bola, Além disso, ele fez uma falta e recebeu duas, para destacar alguns quesitos.

"O Arão, eu sempre achei que tinha condições de jogar nessa posição que jogou contra o Santos. Durante 90 minutos, tem uma intensidade alta. Futebol não é só quando tem a bola. Jogador com mais tempo de bola no mundo é o Messi, quatro minutos. Arão é muito forte", disse Jesus, após o triunfo.

Arão ganhou destaque com Jesus um ano após ter ficado perto de se despedir do Rubro-Negro. Sem muito espaço e alvo das críticas dos torcedores, o jogador, na janela do meio do ano passado, recebeu uma proposta do Olympiacos, da Grécia, e o negócio não se concretizou por detalhes.

Ele ficou no Fla e, sob o comando de Dorival Júnior, voltou ao time titular. Abel Braga chegou à Gávea e o manteve na equipe, mas o meio com Cuéllar, Arão e Diego incomodava os rubro-negros e alguns apontavam a saída do volante como solução. Para Jesus, porém, Arão estava longe de ser o problema do time:

"Não sei se o Arão é o patinho feio da torcida. Para mim é o patinho bonito. Espero que a torcida não escolha patinhos feios, precisamos de todos. A equipe tem que ser rodada. Não vou trocar 11 por 11. Mas vamos rodar a equipe. É um campeonato muito forte", afirmou o comandante luso, após a goleada do Flamengo sobre o Goiás (6 a 1), em 14 de julho, pelo Brasileiro.

Por conta da formação que desenhou inicialmente, o 4-1-3-2, tendo apenas um volante, o treinador, nesta mesma entrevista, falou sobre a briga entre Arão e Cuéllar por vaga no time, dando sinais de que enxergava características distintas entre os jogadores:

"Vocês falam muito do Cuéllar com relação ao Arão. Tanto um, como outro, são dois jogadores com características diferentes. O Arão é mais forte, faz os treinos comigo a mais tempo enquanto o Cuéllar estava com a Colômbia. De acordo com adversários e o jogo, serão as minhas opções. São grandes jogadores."

Paralelamente a isso, o início de Jesus no Flamengo começou com Cuéllar no banco e, durante toda a "novela" protagonizada pelo volante, a comissão técnica encabeçada pelo treinador não demonstrou à diretoria muita força para que o colombiano permanecesse no elenco. O jogador, inclusive, chegou a ser afastado após alegar problemas pessoais para não viajar para o duelo com o Ceará, pelo Brasileiro.