Investimento no basquete irrita 'cardeais' do Botafogo e aprofunda crise
O momento financeiro do Botafogo não é fácil. É algo que todo torcedor sabe. Porém, a decisão de alguns dirigentes em apoiar a manutenção do time de basquete para a temporada 2019-2020 gerou uma crise interna que irritou até mesmo os chamados cardeais, que sempre ajudam o clube financeiramente.
É que o departamento comercial botafoguense conseguiu um patrocínio de R$ 4 milhões com a TIM, e esse dinheiro deveria ser investido apenas em outros esportes que não o futebol profissional. Restava ao clube, então, duas frentes: basquete ou categorias de base - do futebol, no caso, vistas pela empresa como investimento social.
Hoje o Botafogo investe na base R$ 9 milhões anuais ou R$ 750 mil mensais. Para os críticos, havia uma recomposição possível: destinar os R$ 4 milhões da patrocinadora para as categorias menores e, paralelamente, redirecionar a mesma quantia — já prevista em seu orçamento — para o futebol profissional.
Verdade que os R$ 750 mil mensais não resolveriam todos os problemas do Botafogo no Brasileirão. A folha salarial do time está hoje na casa dos R$ 4 milhões. Representaria um acréscimo de 18% de investimento no elenco. Ou que poderia ser desviada para pagamento de dívidas, por exemplo. Na situação atual do clube, porém, não é uma quantia desprezível.
Mas o aproveitamento da verba pelo basquete foi avalizado pelo presidente Nelson Mufarrej. A medida caiu como uma bomba no departamento de base e entre os cardeais. Um dos mais irritados foi o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que já deixou clara sua insatisfação.
Segundo Montenegro e outros cardeais, o Botafogo está em uma situação que inviabiliza outros investimentos que não no futebol. O estatuto do clube não exige uma diversificação. Esse grupo também cita o Vasco como exemplo: o Cruzmaltino anunciou sua saída do NBB nete ano ano justamente por ter utilizado a verba da TIM para a base - decisão que acabou temporariamente com o basquete em São Januário.
O fato é que a relação entre os cardeais e a atual gestão ficou bastante abalada. Existe a possibilidade de que esse grupo de botafoguenses influentes parem de ajudar o clube financeiramente até que Mufarrej e companhia saiam ou resolvam a questão - mesmo que diplomaticamente.
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