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Pilares sofrem queda, e Atlético-MG se vê pressionado antes de decisão

Juan Cazares não participa de um gol do Atlético-MG há mais de um mês - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Juan Cazares não participa de um gol do Atlético-MG há mais de um mês Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

18/09/2019 04h00

O Atlético-MG volta a sofrer pressão em 2019. Sem vencer há cinco jogos no Campeonato Brasileiro, o time chega à semifinal da Copa Sul-Americana como alvo de protestos da torcida e com os seus pilares ofensivos em queda. O cenário acarreta em uma cobrança ainda maior às vésperas do momento mais decisivo da temporada.

Os principais nomes do ataque no primeiro semestre não rendem como outrora e são contestados pelos torcedores. Juan Cazares, Chará e Ricardo Oliveira têm cada vez menos interferência no ataque do time comandado por Rodrigo Santana. O último não estará à disposição da comissão técnica para o duelo que ocorre amanhã, às 21h30 (de Brasília), diante do Colón, da Argentina.

Titular incontestável, o equatoriano Cazares apresenta queda e sequer deu alguma assistência após a paralisação para a Copa América. O jogador até balançou as redes em três oportunidades, mas não sabe o que é isso há mais de um mês. A última celebração foi na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, em 10 de agosto. Desde então, são seis jogos sem participar ativamente em lances de gol.

Para piorar a sua situação, o dono da camisa 10 se envolveu em dois problemas fora das quatro linhas. No início da última semana, ele foi acusado de agressão por duas mulheres após o revés para o Botafogo. No sábado passado, se atrasou por cerca de uma hora e meia para o treino que antecedeu a derrota para o Internacional.

O garoto Bruninho foi titular em sua posição. No entanto, o estrangeiro deve recuperar o espaço entre os prediletos do técnico no jogo contra o Colón.

Cazares não é o único a apresentar queda de rendimento após a paralisação para a Copa América. Ricardo Oliveira é o artilheiro do Galo no ano, com 14 gols assinalados. O camisa 9, no entanto, celebrou apenas uma vez nos últimos 22 duelos disputados pelo time. O último gol ainda foi há mais de um mês, em 10 de agosto, contra o Flu.

O experiente centroavante já perderia a condição de titular devido ao momento ruim dentro das quatro linhas. Porém, um problema familiar o tirou do confronto com o Colón. Desta forma, Franco Di Santo assumirá a condição de titular.

Chará vive momento difícil pelo Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG - Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Chará vive momento difícil pelo Atlético-MG
Imagem: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG
Chará é quem mais caiu de rendimento no período. Titular incontestável do time de Rodrigo Santana, o colombiano deu uma assistência para Bruninho no revés por 3 a 1 para o Inter e fez um gol, na vitória por 3 a 1 sobre o Deportivo La Equidad, da Colômbia, nas quartas de final da Sul-Americana.

O momento do trio é uma das explicações para a sequência negativa da equipe no Brasileirão - são cinco derrotas seguidas no torneio e a queda da quarta para a nona colocação da tabela de classificação.

O Atlético, desta forma, passou a sofrer com protestos da torcida. Nos últimos dois dias, foram pelo menos duas manifestações contrárias à equipe. O presidente Sérgio Sette Câmara e o diretor de futebol Rui Costa foram questionados por meio de faixas espalhadas pela cidade. Na noite de ontem, durante o embarque do elenco para a Argentina, foi a vez de a torcida cobrar "raça" do plantel.

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