Oswaldo culpa falta de tempo por má fase do Flu: "Tento fazer o melhor"
O Fluminense perdeu por 3 a 0 para o Goiás no Serra Dourada e voltou à zona de rebaixamento. Em sua entrevista coletiva, marcada pela demora após reunião com o presidente Mario Bittencourt, o vice geral Celso Barros e o diretor de futebol Paulo Angioni, Oswaldo de Oliveira pareceu resignado com a situação ruim do clube. O treinador culpou a falta de tempo pela má fase.
"Cheguei tem exatamente um mês, são sete jogos. Já aconteceu outras vezes de perder o sétimo jogo, mas ganhar os seis primeiros. Tem muitas situações que a gente não consegue resolver com um mês de trabalho e sem fazer as escolhas que gostaríamos de fazer, com meios de trabalho e sem fazer as escolhas que a gente gostaria. Estou tentando solucionar, fazer o meu melhor, estamos empenhados em que a equipe tenha mais equilíbrio e essas coisas não acontecerem", declarou.
O lugar comum da maratona de partidas dado o calendário do futebol brasileiro foi repetido em outra resposta. Sem tempo, de fato, para dar sua cara à equipe, o técnico tenta motivar os atletas.
"A falta de tempo atrapalha até a conhecer melhor os demais jogadores. Claro que isso atrapalha, não só a mim mas qualquer um que esteja aqui. Precisamos ter tempo. Do contrário, precisamos dar continuidade tentando pelo menos revitalizar a confiança dos jogadores".
Em sua análise da partida, Oswaldo exaltou o início de jogo do Flu, ainda que a equipe tenha sofrido o primeiro gol aos 11 minutos de jogo, em falha clamorosa da zaga formada por Frazan e Digão.
"Nós começamos o jogo muito bem. Cometemos o primeiro erro no primeiro gol e isso acabou tirando a concentração do time. No intervalo tentamos reabilitar, mas em outros dois erros tomamos o gol. Foi o nosso melhor início de partida e em compensação o pior fim de jogo nosso", disse.
Além da falta de tempo, o treinador viu a oscilação da equipe como um problema, lembrando que as vitórias sob seu comando tiveram uma atuação ruim e uma derrota acachapante na partida seguinte.
"Nosso time não se encontrou mais, não conseguiu se organizar e isso é algo que estamos tentando resolver, essa oscilação. Depois do jogo contra o Fortaleza foi igual contra o Palmeiras. Contra o Corinthians, quando fomos organizados, neutralizamos o adverário. Essa alternância de ânimo, de atmosfera, não pode acontecer", opinou.
Oswaldo de Oliveira justificou as mudanças na equipe lembrando que o Flu estava com um homem a mais em campo e perdendo o jogo, portanto, precisava correr riscos. As modificações - Yuri e Frazan deram vaga a Marcos Paulo e Lucão - não surtiram efeito no ataque, e o time, que perdia por 2 a 0, ainda sofreu o terceiro gol.
"Um risco nós tinhamos que correr. Estávamos perdendo o jogo e eles tinham um a menos. Busquei colocar jogadores mais ofensivos, mas infelizmente faltou oportunidade para a gente forçar o adversário. Eu sempre trabalho, mas não tinha tido oportunidade, trabalhar com diferenças numéricas, mas ainda não tive chance de trabalhar. Busquei colocar homens de frente para fazer o gol".
O resultado ruim fez o Esmeraldino se distanciar da zona da degola, chegando aos 24 pontos e abrindo seis de vantagem para o próprio Fluminense, 17º colocado com 18. Agora, o Tricolor enfrenta o Santos, na quinta-feira, às 20h, no Maracanã, precisando vencer. Se batesse o Goiás hoje (22), o Flu chegaria à 15ª colocação com dois de vantagem sobre o CSA, que deixou o Z-4. Mas a equipe, segundo Oswaldo, não conseguiu reagir à situação.
"Temos que vencer todo e qualquer jogo, mas hoje era especial. Passei isso com veemência para a equipe, mas infelizmente a equipe não reagiu neste sentido", resumiu.