Edinho, filho de Pelé, obtém liberação para regime aberto e deixará prisão
A juiza da Vara de Execuções Criminais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Sueli Zeraik, concedeu, nesta quarta-feira (25), que o ex-goleiro Edinho cumpra o restante da pena em regime aberto. O ex-atleta, que foi condenado por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, em 2005, estava preso na Penitenciária Tremembé II.
Edinho cumpria pena em regime semi-aberto desde 2018. Ele foi condenado a 33 anos de prisão, mas, em fevereiro de 2017, teve a sentença reduzida para 12 anos e 11 meses.
Para conceder o pedido de responder em liberdade, a magistrada justificou que o ex-goleiro mantém boa conduta carcerária, além de usufruir das saídas temporárias sem intercorrências negativas.
A juíza também considerou o resultado positivo no exame criminológico, que demonstrou que o detento possui aptidão para cumprir o restante da pena em liberdade.
O benefício, porém, está atrelado a determinações da Justiça, podendo ser revisto caso Edinho não as cumpra. Segundo a decisão, o ex-atleta deve comparecer mensalmente em juízo para informar sobre as atividades realizadas durante o regime aberto, obter ocupação lícita no prazo de até 30 dias, não sair de casa entre 20h e 6h sem autorização judicial e não se mudar sem avisar a Justiça.
Além disso, Edinho também fica proibido de frequentar bares e casas de jogos ou outros estabelecimentos incompatíveis com a sentença que ainda precisa cumprir.
Histórico de prisões
O ex-goleiro foi preso provisoriamente em 2005, durante a Operação Indra, do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). O filho de Pelé, que ficou famoso na década de 90, foi acusado de envolvimento com a quadrilha comandada por Naldinho, Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas. Na época, o ex-jogador ficou detido por seis meses, até a concessão de um habeas corpus por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde que passou a cumprir a pena, Edinho já deixou a prisão por quatro vezes. Sendo a última delas em 2017, quando ele foi preso pela quinta vez em Tremembé, após julgamento de um recurso de apelação, que ele aguardava em liberdade até então.
Na ocasião, a Justiça condenou Edinho e reduziu a pena dele para 12 anos e onze meses, que deveriam ser cumpridos, inicialmente, em regime fechado. Em fevereiro de 2018, a defesa do ex-goleiro impetrou um pedido de habeas corpus, que foi negado pelo ministro do STF, Gilmar Mendes.
Como jogador profissional, o ex-atleta passou pelo Santos, Ponte Preta, Portuguesa Santista e São Caetano.
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