Carille 'culpa' 1º jogo por eliminação e já descarta manter Love e Boselli
Após a eliminação do Corinthians na semifinal da Copa Sul-Americana, o técnico Fábio Carille aprovou o desempenho de seu time no empate por 2 a 2 contra o Independiente del Valle, hoje, no estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, no Equador. O treinador reconheceu o óbvio e culpou a atuação do Timão no jogo de ida, em Itaquera, onde o Alvinegro foi derrotado por 2 a 0, na semana passada.
"Sim, vai ficar martelando [jogo de ida]", afirmou. "Temos um grupo experiente, e agora precisamos fazer uma viagem de volta legal. Tentamos, mas não passamos e agora vamos virar a cabeça para o Vasco que é o primeiro de 18 jogos que temos no Brasileiro."
O treinador ainda fez questão de recordar algumas eliminações dolorosas que já testemunhou pelo Corinthians, das quais o time se recuperou e partiu para boas campanhas. Foi um modo de tentar passar otimismo para seu grupo e torcedores.
"Já estou no Corinthians há 11 anos, tirando os sete meses que fiquei na Arábia. Em 2015, fizemos um jogo muito mal, no Paraguai, e aí fomos eliminados para o Guarani-PAR. Foram semanas difíceis com saída do Guerrero e do Emerson Sheik, o Love estava há pouco tempo no clube, mas o time se ajustou e foi buscar o Brasileiro", disse. "Depois teve uma eliminação para um time do Uruguai [o Nacional], em 2016. Também foi dolorido, foi doído, pois era um ano de remontagem. Saiu o Elias, o Felipe, o Bruno Henrique. Nós aprendemos todos os dias."
Para o jogo em Quito, Carille surpreendeu na escalação inicial ao colocar Boselli ao lado de Vagner Love no ataque. No primeiro tempo, Love tocou para o argentino que abriu o placar. No entanto, o treinador já avisou que não pretende manter a dupla de centroavantes no ataque corintiano.
"Não gosto de mudar muito a forma de jogar, mas tem as características. Love está muito bem de centroavante. Tem feito gols, criado espaços, sendo armador como 9. O jogo de hoje mostrava um volante de qualidade deles, mas um volante que não entrava muito no nosso campo", disse.
O técnico explicou, de qualquer maneira, que, em sua visão, a formação com os dois atacantes pode não funcionar muito bem contra times que tenham volantes mais ofensivos, por exigir esforço maior de marcação de Love.
"Muitas vezes usar Love e Boselli contra um volante que entra no nosso campo acaba tirando o Love do raio da ação. Tirá-lo de perto da área é algo que não quero, mas pode ser alternativa durante jogos, vai depender do adversário. Bom que a equipe tem entendimento e vou usando cada jogador de acordo com suas características", disse.
Além de Boselli no lugar de Clayson, o técnico corintiano ainda escalou Ralf, Ramiro e Sornoza nos lugares de Gabriel, suspenso, e Junior Urso e Mateus Vital. O time foi mais ofensivo, fez um primeiro impecável e venceu por 1 a 0. Mas sucumbiu na segunda etapa ao contra-ataque dos equatorianos, que buscaram o empate por duas vezes.
Após o duelo em Quito, o Corinthians volta a campo no próximo domingo, quando encara o Vasco, às 11h (de Brasília), na Arena de Itaquera.
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