Ceni não resiste à queda de braço com Thiago Neves e deixa o Cruzeiro
Resumo da notícia
- Após seis semanas, Rogério Ceni tem reunião com a diretoria e deixa o Cruzeiro
- Situação do treinador ficou insustentável após desentendimento com jogadores no vestiário
- Ceni deixa o clube com o apoio da torcida, mas em litígio com atletas e diretoria
- Treinador fez apenas oito jogos e teve duas vitórias, dois empates e quatro derrotas
Rogério Ceni está oficialmente fora do Cruzeiro. O treinador não resistiu no cargo após o desentendimento que teve com os jogadores por causa de Thiago Neves, depois do empate por 0 a 0 com o Ceará, na noite da última quarta-feira (25), em jogo válido pela 21ª rodada do Brasileirão. A decisão foi tomada na tarde de hoje (26) após reunião com a diretoria celeste. Em pouco mais de um mês, Ceni criou atritos e não conseguiu contornar o clima ruim com alguns jogadores tarimbados do elenco. Em sua curta passagem, ele comandou o time em oito ocasiões, vencendo duas, empatando duas e perdendo quatro partidas.
"O Cruzeiro Esporte Clube informa que Rogério Ceni não é mais o técnico da equipe. A decisão foi tomada nesta quinta-feira e o treinador foi comunicado em reunião realizada com o vice-presidente de futebol Itair Machado, na Toca da Raposa 2, assim que a delegação chegou da cidade de Fortaleza.
Rogério Ceni deixa o Clube acompanhado de seus auxiliares Danilo Augusto da Silva, Charles Herbert e Nelson Simões Júnior", publicou o Cruzeiro, em seu site oficial.
Rogério foi oficializado no Cruzeiro na tarde de um domingo, dia 11 de agosto, horas antes da partida contra o Avaí. Dois dias depois, foi apresentado oficialmente na Toca da Raposa. Desde as primeiras horas, notou-se que o treinador tentaria colocar em prática sua filosofia de muita intensidade e posse de bola. Isso ficou evidente já na primeira partida contra o Santos, vencida por 2 a 0. Nos jogos seguintes, empate fora de casa contra o CSA e vitória simples contra o Vasco. Então, a relação com o novo clube começou a ruir.
O ponto-chave que iniciou o desgaste de Ceni com o elenco do Cruzeiro foi na partida contra o Internacional, pela Copa do Brasil. Além de ser eliminado com uma derrota por 3 a 0, o treinador ainda precisou ouvir uma crítica pública do meia Thiago Neves, que questionou as mudanças e improvisações de Ceni. No final de semana seguinte, derrota por 4 a 1 em Belo Horizonte para o Grêmio. Pior que a derrota foi a maneira como o time perdeu e se comportou em campo. Bastante sincero em sua entrevista, Ceni colocou em xeque sua permanência mais de uma vez.
Nas últimas três semanas, torcedores organizados do Cruzeiro iniciaram uma série de protestos na saída do estádio, nas sedes do clube, na Toca da Raposa e até em frente à casa do presidente e outros dirigentes. O único que teve apoio unânime foi Rogério Ceni. Recentemente, o mesmo discurso foi dado por Marcelo Djian, diretor de futebol, que concedeu entrevista e garantiu que o técnico teria respaldo total para mudar o que quisesse na equipe.
A situação do treinador, que já não estava totalmente controlada, voltou a ficar ruim após o jogo no Castelão. Rogério conversou com o grupo, mas deixou o vestiário após ouvir Dedé sair em defesa de Thiago Neves, que ficou no banco de reservas durante a partida. Ceni ainda se encontrou com Itair Machado. O vice-presidente de futebol alegou falta de clima e sugeriu que o treinador pedisse demissão do cargo.
Agora, a diretoria do Cruzeiro volta a ganhar mais um problema. Depois de ficar com Mano Menezes por mais de três anos, ela se despede de Rogério Ceni após menos de dois meses. O futuro e terceiro técnico da temporada terá a missão de afastar a equipe da zona do rebaixamento. Somente com o Brasileirão pela frente, o time ainda enfrenta uma crise financeira, com atrasos de salários e falta de receitas em um futuro próximo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.