Guerrero pede desculpas e leva puxão de orelha por expulsão no Maracanã
Paolo Guerrero perdeu a cabeça. Após ver uma falta não marcada na partida contra o Flamengo, ontem pela 21ª rodada do Brasileiro, o peruano reclamou, xingou, brigou, e foi expulso. O Inter já tinha um a menos, perdia a partida que acabou 3 a 1. E depois, menos irritado, o peruano se desculpou, mas levou um puxão de orelha.
Guerrero não estava confortável na partida contra sua ex-equipe, e o cenário ficou ainda pior quando o Inter saiu atrás após Bruno cometer pênalti em Gabigol e ser expulso.
Desde então o cenário foi tenso para o centroavante. Ele sofreu uma série de faltas, pediu a marcação de outras tantas, e um lance o deixou ainda mais irritado. Uma bola que dominou e girou para concluir em gol não chegou a ser chutada na direção da meta de Diego Alves pois Rodrigo Caio o deslocou, com um toque no joelho. Guerrero queria pênalti, reclamou muito com o árbitro, mas nada foi marcado.
No lance, ele deixou o campo mancando. Patrick, colega de time, reclamou da demora para voltar ao campo e esbravejou com o companheiro. Se o ambiente já não se desenhava nada favorável, só piorou minutos depois.
Aos 43 do primeiro tempo, Guerrero subiu com Rodrigo Caio e William Arão para disputar uma bola de cabeça. Teve um choque com o zagueiro e cortou o rosto. A mesma história: caiu novamente, reclamou falta, nada foi marcado. Ali o peruano perdeu a cabeça totalmente.
Com o rosto sangrando, xingou o árbitro, fez gestos obscenos para o quarto árbitro, o xingou (em inglês, segundo a súmula) e criou um cenário de confusão. Até mesmo o técnico Odair Hellmann tentou acalmar o atacante, mas de nada adiantou. O peruano acabou expulso, encerrando a partida pela metade para o principal jogador do Inter. Antes mesmo de deixar o campo precisou ser contido pelo auxiliar técnico Maurício Dulac e por companheiros.
"Não podemos elogiar a atitude do Guerrero ou mesmo achar que é a correta. Já tínhamos um jogador a menos e ficamos com dois", disse o vice de futebol Roberto Melo. "Mas o árbitro deixou o time nervoso. Houve um pênalti claro nele, o juiz não marcou, nem consultou o VAR, ele tem um corte na cabeça, saiu sangrando, isso deixa o jogador nervoso. Mas é claro que não justifica", completou.
O puxão de orelha a Guerrero aconteceu depois da partida. Mas, de cara, o jogador reconheceu a atitude equivocada. Ainda nos vestiários, pediu desculpas a todos por ter deixado o time na mão durante o jogo.
"Ele estava bastante triste, pediu desculpas, se explicou. Não perguntei o que ele disse ao árbitro, mas ele é um jogador que tem nos ajudado muito e estava chateado com tudo", adiantou o dirigente.
Depois da partida, Guerrero postou uma foto do corte no rosto em seu perfil no Instagram.
"O Guerrero saiu de si por uns instantes. Ele se assustou quando viu o sangue no rosto. O jogador já estava nervoso pelo pênalti, já estava irritado com a sequência de faltas. Eu até falei para ele: 'Guerrero, calma que eu vou falar com o árbitro'. Mas era tarde: ele já estava totalmente fora. Se o árbitro dá a falta, o Guerrero não se irrita e nada disso aconteceria", falou o técnico Odair Hellmann.
Reclamar da arbitragem não é novidade para Guerrero. O centroavante já deixou o campo disparando contra o árbitro em partidas contra Grêmio e Palmeiras neste ano.
Fora do próximo jogo pela suspensão automática, ele só poderá retornar ao Inter no dia 5 de outubro. Nesta sexta, a seleção peruana será convocada por Ricardo Gareca e o centroavante pode ser chamado para os amistosos contra o Uruguai nos dias 11 e 15 de outubro. Desta forma, perderia a partida contra o Santos, dia 13.
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